66% das declarações de IR já foram entregues na Serra

Até o momento 66% das declarações de Imposto de Renda foram entregues na região da Serra Gaúcha. Faltam 34%, o que é sinônimo de muito trabalho para os contadores, uma vez que o prazo limite expira na próxima sexta-feira.

De acordo com o presidente da Associação das Empresas e Profissionais Contábeis de Bento Gonçalves, Antônio Carlos Paludo, nesta semana contadores chegam a estar trabalhando mais de 15 horas diárias para conseguir atender a demanda das declarações de última hora.

A previsão de declarações na 10ª Delegacia da Receita Federal com sede em Caxias, que abrange 51 municípios, é de 255 mil. Em Bento GOnçalves são esperadas 27.800 declarações.

A Agência da Receita Federal de Bento Gonçalves, que abrange ainda os municípios de Carlos Barbosa, Barão, Coronel Pilar, Garibaldi, Santa Tereza, Monte Belo do Sul e Pinto Bandeira, espera receber 44 mil Declarações do Imposto de Renda (IR) neste 2017. Isto representa um acréscimo de 1290, já que em 2016 foram 42.710.

Os contribuintes que enviaram a declaração no início do prazo, sem erros, omissões ou inconsistências, receberão mais cedo as restituições do Imposto de Renda – caso tenham direito a elas. Idosos, portadores de doença grave e deficientes físicos ou mentais têm prioridade.

As restituições começarão a ser pagas em 16 de junho e seguem até dezembro, para os contribuintes cujas declarações não caíram em malha fina.

A multa para o contribuinte que não fizer a declaração ou entregá-la fora do prazo será de, no mínimo, R$ 165,74. O valor máximo corresponde a 20% do imposto devido.

Quem deve declarar?

De acordo com a Receita Federal, deverá declarar, neste ano, o contribuinte que recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2016. O valor subiu 1,54% em relação ao ano passado, quando somou R$ 28.123,91 (relativos ao ano-base 2015), embora a tabela do Imposto de Renda não tenha sido corrigida em 2016.

Quem optar pelo desconto simplificado, abre mão de todas as deduções admitidas na legislação tributária em troca de uma dedução de 20% do valor dos rendimentos tributáveis, limitada a R$ 16.754,34, mesmo valor do ano passado.

Estudo divulgado em janeiro pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) aponta que, entre 1996 e 2016, a tabela do IRPF acumula uma defasagem de cerca de 83%. A defasagem acumulada no ano passado ficou em 6,36% – a maior dos últimos 13 anos. Isso sem contar a correção de 1,54% no limite de isenção.

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