Origem histórica do Dia dos Namorados
O ato de comemorar o Dia dos Namorados remete à vida de um santo patrono da Igreja Católica conhecido como São Valentim, um padre que viveu no Império Romano durante o século III d.C. Naquela época, o Império Romano era governado pelo imperador Cláudio II (foi imperador de 268 a 270 d.C.).
O imperador romano proibiu que os soldados do Império Romano se casassem. Cláudio II via o casamento como um obstáculo que atrapalhava a convocação de novos soldados e que, além disso, tirava o foco dos soldados já convocados.
Nesse contexto, surgiu um padre, que também já havia sido médico, chamado Valentim. O padre italiano nasceu em algum momento durante o século III d.C. (algumas fontes falam que ele nasceu em 226) e, durante o reinado de Cláudio II, passou a realizar casamentos secretos entre os soldados do Império Romano que queriam casar-se, mas não podiam porque a lei proibia.
O imperador Cláudio II descobriu que Valentim realizava casamentos clandestinos e, assim, mandou que Valentim fosse preso. O imperador romano chegou a oferecer perdão a Valentim desde que ele renunciasse a fé cristã, convertendo-se à fé tradicional dos romanos (lembrando que o Cristianismo tornou-se religião oficial do Império Romano somente em 380).
Como Valentim não aceitou renunciar a sua fé, o imperador ordenou a sua morte. Valentim foi apedrejado e decapitado em 14 de fevereiro de 270. Os relatos contam que, após a morte de Valentim, algumas pessoas passaram a celebrar a sua memória por todo o serviço que ele havia realizado em benefício dos outros.
Valentim acabou sendo canonizado por sua obra em benefícios dos casais e por supostos milagres realizados em sua vida. A canonização ocorreu durante o pontificado de Gelásio I (492-496). O papa também ordenou que uma festa em homenagem a São Valentim fosse realizada todo dia 14 de fevereiro (data de sua morte).
Em 14 de fevereiro comemora-se o Dia dos Namorados em grande parte do mundo (nos EUA, por exemplo, a data é chamada de Valentine’s Day / Dia de São Valentim). No Brasil, a data escolhida foi diferente, mas por questões meramente comerciais.
Vale dizer que a escolha de 14 de fevereiro por Gelásio I também se deveu ao fato de que na mesma época da morte de São Valentim acontecia um famoso festival pagão em Roma, o Lupercália.
O Lupercália provavelmente surgiu durante a fundação de Roma (mas há historiadores que apontam que o festival pode ser anterior a isso). Nesse festival, celebrava-se a fertilidade e (especula-se) eram realizados atos com o objetivo de promover a união de casais. A criação de uma comemoração a São Valentim em uma data próxima ao Lupercália era fazer com que a festa pagã perdesse influência e fosse substituída pela comemoração a São Valentim.
Por que o Dia dos Namorados é comemorado no Brasil em outra data?
Como todos sabem, o Dia dos Namorados no Brasil não é comemorado em 14 de fevereiro, mas sim no dia 12 de junho. Isso se deve a uma questão unicamente comercial e remonta à década de 1940. A instituição do Dia dos Namorados em 12 de junho é atribuída a uma ação publicitária de João Dória.
Inicialmente, João Dória foi contratado por uma empresa com o objetivo de aumentar as vendas, que geralmente eram baixas no mês de junho. Pensando em contornar isso, o publicitário resolveu criar em junho outra data comemorativa: o Dia dos Namorados. Para isso, João Dória aproveitou-se do fato de que o dia 13 de junho é a data de Santo Antônio, o santo casamenteiro.
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A partir disso, a data começou a popularizar-se no Brasil, sendo aderida por mais comerciantes e transformando-se em uma das maiores datas comemorativas do país. O sinal do sucesso comercial dessa data é o fato de atualmente ser a terceira maior data comemorativa do Brasil, movimentando anualmente mais de 1 bilhão de reais em todo o país.
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