Em Bento Paim afirma: “Partidos não tem santos e a Previdência é superavitária”

O senador Paulo Paim (PT) esteve em Bento Gonçalves na quinta-feira (7) onde participou de um encontro com membros do Sitracom- BG – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves.

Durante o encontro ele falou da crise no país, atribuindo isso a uma má gestão do presidente Michel Temer (MDB) no controle da Petrobrás. Além disso, falou sobre os trabalhos desenvolvidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as irregularidades na Previdência Social e destacou que foram realizadas 31 audiências públicas e foram ouvidos 144 especialistas entre auditores, professores, juristas, sindicalistas, empresários, senadores e deputados. “O resultado apontou que a Previdência é superiavitária e que o discurso que afirma há décadas de que ela está quebrada e que em pouco tempo não haverá dinheiro para pagar os aposentados não passa de uma grande mentira. O problema é gestão e administração”, afirma. “A CPI mostrou que a reforma proposta por Temer é desnecessária e só interessa ao setor financeiro aos bancos e às empresas da Previdência Privada. O trabalhador só perde com a reforma. Nosso relatório é cirúrgico que os problemas se originam numa administração conivente com a má gestão, que promove anistias a devedores, sonegação, desvios e muita roubalheira”, finalizou.

Ainda falando sobre Eleições, Paim destaca que os partidos de esquerda somam juntos mais votos que qualquer projeção do líder das pesquisas Jair Bolsonaro (PSL). “O fato é que Lula ganharia em primeiro turno se permitirem que ele concorra. Mas nós estamos muito cientes de que isso é muito difícil acontecer. Portanto, seria o momento de se fazer uma frente ampla. Mas estamos cientes de que partidos não tem santos. Há pessoas boas e gente que não presta em todos eles. Não podemos cair no endeusamento e começar a traçar metas para o futuro da nação”, afirmou o senador, que chegou a cogitar deixar o PT, afirmando que não o fez por não identificar nenhuma outra sigla que se identifique com seus ideais.