Em Bento, postos sem combustível, mudanças no transporte, alerta no lixo e água

Na medida em que o movimento de paralisação dos caminhoneiros continua em andamento como forma de protesto pelos preços abusivos dos combustíveis, mesmo o Governo anunciando o fim, a situação começa a se agravar no Rio Grande do Sul. São vários os postos desabastecidos, alguns abrindo somente as lojas de conveniências e outros, fechados desde as últimas horas.

Em Bento Gonçalves mais de 90% dos postos estariam sem combustível. A procura foi intensa nesta sexta-feira em um dos únicos estabelecimentos que ainda oferecia, em frente a rodoviária.

O que poderia ser outra opção, o GNV, também pode ser afetado. No Estado, de acordo com informações da Companhia de Gás do do Rio Grande do Sul se a greve persistir, não haverá oferta em 15 postos de combustíveis dos 85 estabelecimentos existentes que oferecem o produto.

Referente ao gás de cozinha, já começa a falta em vários pontos do Estado. O Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral no Estado – Singasul – informou que caminhões estão parados nas barreiras em diversas rodovias impossibilitando a chegada nas Companhias Distribuidoras para o abastecimento. Aos consumidores cabe economizar, sob pena de ficarem sem produto.

Já começa a faltar matéria-prima para obras, de acordo com comunicado do Sindicato das Empresas de Mineração de Brita, Areia e Saibro do Rio Grande do Sul (Sindibritas) e Associação Gaúcha dos Produtores de Brita, Areia e Saibro (Agabritas). Faltam materiais como pedra e concreto que são fundamentais para andamento de obras de infra-estrutura.

A Associação Gaúcha dos Supermercados (Agas) divulgou nova nota nesta manhã de sexta-feira confirmando que o impacto da paralisação continua afetando estabelecimentos. Em Bento Gonçalves é possível faltar alguns cortes de carnes em mercados, o que seria um dos primeiros itens a faltar. A procura por águas minerais e papéis higiênicos teria aumentado nas últimas horas.

A RN Freitas, que coleta lixo orgânico e efetua transporte de resíduos informou nesta quinta-feira que a operação de coleta seletiva e de vidro acontece normalmente. A logística das carretas para o transporte virou um problema, com acessos bloqueados. Até segunda ordem, o que poderá impactar é a partir de segunda-feira, 28, se não for mais possível transportar resíduos para Minas do Leão.

A Corsan informou no Estado que por enquanto, ainda não há desabastecimento de água nas cidades atendidas pela companhia por falta de produtos químicos para tratamento. Em Bento Gonçalves o serviço deverá transcorrer dentro da normalidade até o final do mês, conforme a unidade local.

A Brigada Militar foi outra instituição que emitiu comunicado, informando que está administrando os recursos da corporação de forma que os serviços de atendimento à população não sejam afetados.

A Transportes Santo Antônio atualizou em comunicado e confirmou a redução de horários para atendimento à demanda.

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A Bento Transportes reduziu as rotas e atende somente em horário de pico. No sábado, os itinerários do interior foram totalmente suspensos, como também o “Pega Fácil”. Na zona urbana os ônibus realizarão as rotas 63, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 74 e 76, das 6h às 20h.

Para consultar as rotas acesse www.bentotransportes.com.br, clique na aba horários, escolha o bairro de destino, clique em buscar e baixe o itinerário do sábado. No final de cada horário consta o número da rota.

 

Ainda pela Empresa Bento, no domingo o transporte coletivo não estará funcionando. Já na segunda-feira, os ônibus transitarão em rotas normais das 5h30 às 8h30, das 11h às 14h e das 16h30 às 19h30. A empresa garante ainda o transporte para a 139ª Romaria a Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha, para o final de semana.

A Prefeitura de Bento Gonçalves está aderindo à paralisação geral com uso da frota para o estritamente necessário, como forma de apoio ao movimento dos caminhoneiros e a ação da Famurs.

Cartazetes de apoio à paralisação foram fixados nos veículos do Poder Público Municipal.

O setor moveleiro divulgou uma nota também nesta sexta-feira informando do impacto sofrido com as paralisações.

 

Fonte: Central de Jornalismo da Difusora

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