A prevenção segue sendo o melhor remédio. Este foi o recado das autoridades para a população durante o lançamento oficial da campanha de vacinação contra a gripe, que começa na segunda-feira (23) e vai até 1º de junho. Durante o período, as vacinas estarão disponíveis em todos os postos de saúde do estado, gratuitamente. A cerimônia foi no Palácio Piratini, com a presença do governador José Ivo Sartori, da primeira-dama Maria Helena Sartori e do secretário da Saúde Francisco Paz.
Segundo a Secretaria da Saúde, 3,6 milhões de gaúchos fazem parte do público-alvo. São pessoas que tem mais chances de desenvolver quadros graves de gripe Influenza.
A meta é imunizar pelo menos 90% dos seguintes grupos:
– Idosos com 60 anos ou mais;
– Crianças de 6 meses 5 anos;
– Gestantes;
– Mães até 45 dias após o parto;
– Trabalhadores da área da Saúde;
– Povos indígenas;
– Portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
– Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos que estejam cumprindo medidas socioeducativas;
– População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional;
– Professores das escolas públicas e privadas.
Como acontece todos os anos, a campanha vai ter um Dia D, para aumentar a mobilização. Será no dia 12 de maio, um sábado, quando os postos de saúde ficarão abertos. Mas a recomendação da SES é para se vacinar o quanto antes, já que a proteção leva cerca de dez dias para começar a fazer efeito. O Rio Grande do Sul já recebeu do Ministério da Saúde 37% das 4 milhões de doses previstas. Os lotes recebidos já foram repassados aos municípios.
*** Vacina segura
Durante o lançamento, representantes de alguns grupos do público-alvo receberam a vacina, como crianças, idosos, gestantes e profissionais da Saúde. O governador, a primeira-dama e o secretário de Saúde estavam entre eles. Sartori destacou a importância da prevenção. “A vacina é a melhor estratégia disponível para a proteção contra uma série de doenças graves. A gripe é uma dessas doenças que podem ser prevenidas pela vacina ou ter suas graves consequências reduzidas. Os números comprovam isso. Em 2016, o Rio Grande do Sul registrou 1.380 casos e 215 mortes. Em 2017, foram 439 casos registrados e 48 mortes. Este ano, até o início deste mês, houve sete casos registrados e nenhuma morte. Isso é resultado também da imunização”.
O secretário Francisco Paz explicou a vacina não é só uma proteção pessoal. “Não temos como vacinar toda a população, infelizmente. Mas, vacinando os grupos de risco, reduzimos consideravelmente a circulação do vírus entre a população inteira. Protegemos toda a população”.
Paz também reforçou que a vacina é segura: “Existem boatos, mas a população precisa ficar tranquila. A vacina da gripe não faz mal. As únicas reações que ela pode dar são dor e vermelhidão no local da picada e talvez um pouco de febre. As únicas pessoas que tem restrição são as alérgicas ao ovo”.
A vacina é segura e produzida por vírus mortos e fragmentados, ou seja, não há o risco de causar gripe nas pessoas. Ela protege contra três tipos de gripe Influenza: A (H1N1), A (H3N2) e B. A dose precisa ser renovada a cada ano, ou seja, mesmo quem se vacinou ano passado, deve se vacinar novamente.
*** Situação epidemiológica da gripe no RS
Mesmo antes do início do inverno, o Rio Grande do Sul já apresentou alguns casos confirmados de hospitalizações por gripe Influenza. Até o último informativo epidemiológico (com dados até o último dia 9de abril), já haviam sido registrados sete casos no RS. Desses, quatro foram do tipo A (H3N2), outros dois do tipo B e um do tipo A (H1N1). Não houve, até o momento, casos de morte por gripe.
Os números estão abaixo dos registrados em 2017, quando, no mesmo período, já tinham sido confirmados 15 casos no total e uma morte.
O ano passado fechou com 439 casos de Influenza e 48 mortes, conforme descrição abaixo:
Influenza A (H1N1): 1 caso / zero morte
Influenza A (H3N2): 301 casos / 30 mortes
Influenza A (não subtipado): 31 casos / 3 mortes
Influenza B: 106 casos / 15 mortes
*** Etiqueta da gripe e tratamento
Ao lado da vacinação, o tratamento e a prevenção são os eixos que compõem o tripé do enfrentamento à Influenza. A chamada etiqueta da gripe é uma medida simples, porém importante para evitar a disseminação da doença. Entre os cuidados que se destacam, está a proteção da boca e nariz ao tossir e espirrar, cobrindo-os, de preferência, com a dobra do cotovelo, evitando o uso das mãos. Também é importante lavar as mãos com frequência, com água e sabão ou álcool em gel, e evitar locais com aglomeração de pessoas, se estiver com os sintomas.
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