A vacinação contra a gripe estará disponível em todos os postos de saúde do Estado a partir da próxima segunda-feira (23). A imunização tem como público-alvo as pessoas que têm mais chances de desenvolver quadros graves de gripe Influenza: crianças, idosos, gestantes, portadores de doenças crônicas, além de grupos específicos por sua condições (como trabalhadores da saúde, professores, indígenas aldeados e pessoas privadas de liberdade).
Ao todo, são mais de 3,6 milhões de pessoas a quem a dose se destina, com meta de alcançar ao menos 90% delas. A ação está prevista até o dia 1º de junho, sendo o sábado 12 de maio o Dia D da campanha, quando os postos de vacinação estarão extraordinariamente abertos em todo o Estado.
Público alvo:
– Indivíduos com 60 anos ou mais de idade
– Crianças na faixa etária de 6 meses a menores de 5 anos de idade
– Gestantes
– Puérperas (até 45 dias após o parto)
– Trabalhadores da saúde
– Povos indígenas
– Grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
– Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas
– População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional
– Professores das escolas públicas e privadas.
A vacina é segura, sendo produzida por vírus mortos e fragmentados, ou seja, não há o risco de causar gripe nas pessoas. Ela protege contra três tipos de gripe Influenza – A (H1N1), A (H3N2) e B – e precisa ser renovada a cada ano, ou seja, mesmo quem se vacinou ano passado deve retornar às Unidades Básicas de Saúde para receber a nova vacina.
Situação epidemiológica da gripe no RS
Mesmo antes do início do inverno, o Rio Grande do Sul já apresentou alguns casos confirmados de hospitalizações por gripe Influenza. Até o último informativo epidemiológico (com dados até 09/04) já haviam sido registrados sete casos no Estado. Desses, quatro foram do tipo A (H3N2), outros dois do tipo B e um do tipo A (H1N1). Não houve, até o momento, casos de óbitos por gripe.
Os registros estão abaixo dos registrados em 2017, quando no mesmo período já haviam sido confirmados 15 casos no total e um óbito. O ano passado fechou com 440 casos de Influenza, conforme descrição abaixo:
Influenza A (H1N1): 1 casos / zero óbitos
Influenza A (H3N2): 301 casos / 30 óbitos
Influenza A (não subtipado): 31 casos / 03 óbitos
Influenza B: 106 casos / 15 óbitos
Portadores de comorbidades
Devem receber a vacina pessoas com doenças respiratórias, cardíacas, com imunodeficiência, entre outras que tenham recomendação médica para isso. A vacinação desse grupo deve ser realizada em todos os postos de vacinação. No entanto, mantém-se a necessidade de prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina, que deverá ser apresentada no ato da imunização. Pacientes já vinculados a programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) devem se dirigir aos postos em que estão cadastrados para receberem a dose.
Em caso de não haver posto de vacinação no local onde o paciente é atendido regularmente, deve-se buscar a prescrição médica na próxima consulta que estiver agendada. Pacientes atendidos na rede privada ou conveniada também devem buscar a prescrição médica com antecedência e apresentá-la nos postos de vacinação.
Prevenção e tratamento
Ao lado da vacinação, o tratamento e a prevenção são os eixos que compõem o tripé do enfrentamento à Influenza. A chamada etiqueta da gripe é uma medida simples, porém importante, para evitar a disseminação da doença. Entre os cuidados que se destacam, está a proteção da boca e nariz ao tossir e espirrar, cobrindo-os preferencialmente com a dobra do cotovelo, evitando o uso das mãos. Também ressalta-se a importância de lavar as mãos com frequência, com água e sabão ou utilizando álcool em gel, assim como evitar locais com aglomeração de pessoas (escola, transporte público, centros comerciais, entre outros) se estiver com os sintomas.
Para o tratamento em tempo oportuno, a recomendação é de que ao sinal de febre, dor de garganta e dor de cabeça, nas articulações, ou muscular, a pessoa procure atendimento médico. O antiviral Oseltamivir, de nome comercial Tamiflu, está disponível em todo o Estado gratuitamente, e o seu uso no início dos primeiros sintomas da gripe é fundamental para impedir o agravamento dos casos.
Fonte: SES
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