A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) considera coerente, neste momento, o índice de reajuste de 1,81% no Piso Regional encaminhado à Assembleia Legislativa pelo governo do Estado, por aplicar o mesmo percentual concedido ao Salário Mínimo nacional.
Mas o presidente da entidade, Gilberto Porcello Petry, reforça a posição pela extinção do Piso Regional. “O contexto que motivou a sua criação, em 2001, mudou totalmente, com o Salário Mínimo nacional atualmente voltando a cumprir seu papel por conta dos sucessivos ganhos reais nos últimos anos“, explica Petry.
A FIERGS ressalta que desde 2011 o Piso Regional sofreu reajuste de 115%, enquanto seu equivalente nacional acumulou ganhos de 83,7%. A diferença fica ainda mais flagrante quando se analisa o período desde a sua criação: alta acumulada de 678,2% contra 520,5% do Mínimo Nacional. Atualmente, o valor do Regional está 23,2% acima do Nacional, e com o reajuste proposto irá para 25,4%.
“O Piso Regional não promove crescimento econômico e desenvolvimento do mercado de trabalho, além desse tipo de política representar uma interferência nas negociações coletivas de salários”, diz Petry.
A entidade afirma também que os aumentos de salários não são acompanhados por ganhos na produtividade no Rio Grande do Sul. Entre 2011 e 2017, a produtividade por hora trabalhada na Indústria de Transformação do RS subiu 0,6%, enquanto o salário médio, já descontados os efeitos da inflação, acumulou alta de 19,9%. O aumento de salários sem a contrapartida do avanço da produtividade afeta diretamente o custo das empresas, resultando em perda de competitividade frente a seus concorrentes nacionais e internacionais.
Região Pastoral de Garibaldi reúne coroinhas e acólitos em dia de oração, celebração e integração
Impacto do 13º salário deve refletir o aumento do poder de compra do consumidor gaúcho
Prefeitura de Bento encaminha para a câmara projeto de lei da ordem do Bolsa Família