Aconteceu nesta sexta-feira, 16, na Fundação Casa das Artes, o evento de abertura do ano letivo da Rede Municipal de Educação. Aproximadamente 1300 funcionários entre diretores, vice-diretores, professores, supervisores e orientadores educacionais retornam às suas atividades para o ano letivo que inicia dia 19 de fevereiro, e atenderão cerca de 11 mil alunos em 2018.
O encontro contou dois momentos. Na parte da manhã, os professores dos anos finais do ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos e Supervisores Escolares participaram da palestra: “Formação de professores – Conhecimento e Inovação: elementos de transformação para o futuro”, com a equipe de professores da UCS – Universidade de Caixas do Sul e os professores das Salas de Recursos Multifuncionais e Profissionais de apoio, participaram da palestra“A prática do profissional de apoio na inclusão escolar” com a equipe do NID – Núcleo de Inclusão e Diversidade da SMED, onde foram abordados os temas: desafios diários da inclusão escolar, a importância do trabalho conjunto com demais profissionais da escola e orientações sobre a cartilha do profissional de apoio que está sendo implantada neste ano nas escolas.
Na parte da tarde, os professores da Educação Infantil, vice-diretoras de escolas municipais infantis e Orientadores Educacionais participaram da palestra “Afetividade e Espiritualidade na Educação”, ministrada pelo frei Jaime Bettega e os professores e supervisores escolares dos anos iniciais do ensino fundamental da palestra “Alfabetização e Letramento”, com a professora Pillar Lacerda.
Descobrir o mundo, investigar a realidade
O projeto “Conhecimento e inovação: elementos de transformação para o futuro”, administrado pela coordenadora dos cursos de Sistema de Informação e Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Universidade de Caxias do Sul, Scheila Avila e Silva, visa uma proposta de formação de professores e um trabalho interdisciplinar nas escolas. Esse trabalho é formado por três partes. A primeira é a capacitação dos professores nos aspectos formais da metodologia científica para aplicar em sala de aula como uma ferramenta pedagógica para o Ensino Fundamental.
Após, os professores irão desenvolver os projetos nas escolas com os estudantes abordando o tema sustentabilidade de forma global, ou seja, a união e a interdependência entre o meio ambiente e a saúde mental, do corpo, do meio social e econômico. E na terceira etapa, os trabalhos serão apresentados no campus universitário da Região dos Vinhedos para a comunidade de Bento Gonçalves.
Como ressalta Scheila “a ideia não é tornar o ensino da metodologia científica chato, mas, sim, uma experiência agradável e transformadora instigando o sentido de pesquisa e de questionamento da classe docente e discente. Não queremos que a curiosidade de descobrir a beleza do mundo seja perdida”.
Dessa forma, o projeto tem por objetivo aplicar uma aprendizagem ativa para que o aluno seja o protagonista da construção do conhecimento por meio dos professores que promova a importância do saber científico. A participação é para alunos das séries finais do ensino fundamental. Alunos da educação infantil e do ensino médio poderão participar expondo seus projetos, porém não concorrerão à premiação final.
A preocupação com os valores
“Afetividade e Espiritualidade na Educação” foi a palestra ministrada pelo Frei Jaime Bettega que abriu as atividades na parte da tarde. Bettega é capuchinho há 30 anos, e há 12 atua como docente no curso de Administração de Empresas na UCS.
Em sua explanação, propôs ao público um olhar para o ato educativo a partir da ótica da ternura e ressaltou a importância de uma atitude, por parte do professor, precisa e delicada na formação do aluno. “Eu acredito na possibilidade conjugar o amor com o ato educativo justamente nessa primeira etapa do processo de ensino nas séries iniciais, onde a vida, muitas vezes, se define como personalidade, como estrutura, como sonho. Num mundo de hoje, que preza pela cultura da velocidade, é preciso de alicerces fortes. E aí entram os valores e a postura do professor para melhor guiar os estudantes em sua jornada de vida”, salienta Bettega.
O papel do educador
“Alfabetização e Letramento”, ministrada por Pilar Lacerda, diretora da Fundação SM Brasil (São Paulo), trouxe a discussão do papel da alfabetização e do letramento na nova base nacional curricular comum e como isso influencia o trabalho dos professores em sala de aula. “Sabemos que uma alfabetização sólida, bem feita, garante um melhor percurso educativo para crianças. Essa importância dos primeiros anos do Ensino Fundamental é estratégica, pois a transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio permite um acompanhamento na evolução da aprendizagem”, afirma a professora Pillar Lacerda.
Pilar graduou-se em História, em 1979, pela UFMG. Em 2001, especializou-se em Gestão de Sistemas Educacionais, na PUC-Minas. De 2002 a 2007, foi Secretária Municipal de Educação de Belo Horizonte. De 2005 a 2007, elegeu-se presidente nacional da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), onde liderou o movimento nacional em defesa de recursos do Fundeb para a Educação Infantil. De 2007 a 2012, foi Secretária de Educação Básica do Ministério da Educação.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social
Fotos: Jose Martim Estefanon
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