Todos os dias, milhares de mulheres são submetidas a algum tipo de violência, seja ela, psicológica, patrimonial, física ou sexual. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) de 2017, no Brasil a cada 11 minutos ocorrem um estupro, uma mulher é assassinada a cada duas horas, 503 mulheres são vítimas de agressão a cada hora e cinco mulheres são espancadas a cada dois minutos.
De forma a dar apoio para as mulheres em situação de violência, em Bento Gonçalves, a Coordenadoria da Mulher e o Centro Revivi atuam tanto na zona urbana como na rural, conscientizando as mesmas sobre seus direitos, informando a cerca da Lei Maria da Penha, buscando reforçar a autoestima, dando ênfase ao atendimento e prestação de orientações.
Os profissionais que desenvolvem este trabalho têm um papel fundamental neste enfrentamento, pois, geralmente são os primeiros a atender as vítimas deste crime. Somente em 2017, foram realizados 820 atendimentos, uma média de 70 atendimentos ao mês. Além disso, o número de novos casos cresceu consideravelmente: 55,4% em relação ao ano anterior, com 216 novos registros.
“Este aumento no número de novos casos se deve ao trabalho de busca ativa que estamos desenvolvendo, localizando as vítimas e apresentando os nossos serviços às mesmas, a partir dos encaminhamentos e denúncias. No ano passado, fomos ao encontro de mais de mil mulheres que passaram por essa situação, e demonstramos que elas não estão sozinhas”, enaltece a coordenadora da entidade, Regina Zanetti.
Segundo dados da entidade, o perfil sociodemográfico da demanda assistida pelo serviço é basicamente de mulheres jovens e adultas que tem vida social mais ativa, registrando-se maior incidência na faixa de 21 a 40 anos (58%), idade que corresponde à fase de reprodução e de maior inserção no mercado de trabalho.
Dos novos casos registrados, o local predominante de ocorrência da violência permaneceu sendo a própria residência, no espaço doméstico, correspondendo a 92%. Esse tipo de violência, na maioria das vezes, é silenciado pelo medo que a vítima tem das retaliações de seu agressor após denunciá-lo ou então pela vergonha em pedir ajuda ou em expor a violência à família, amigos ou à polícia.
Os resultados mostram que a agressão sempre vem acompanhada de duas ou mais formas (psicológica, física, moral e/ou patrimonial), sendo que as maiores denúncias foram por violência psicológica, através de ameaças.
A porcentagem de mulheres atendidas pelo serviço que registrou ocorrência contra o agressor na Delegacia Especializada de Atendimento às Mulheres (DEAM) chegou a 89%. “As mulheres vêm na Delegacia da Mulher como recurso disponível para enfrentamento do problema da violência doméstica. As mulheres que ali chegam realizam um primeiro movimento de ruptura. O medo é fator constante entre as acometidas com o mal da violência doméstica, impedindo a formação de uma identidade social emancipatória. Portanto, a mulher ao denunciar a violência em um órgão público, realiza um movimento efetivo de conquista de direitos”, aponta Regina.
Denúncias podem ser feitas através do disque 180, na Delegacia da Mulher pelo fone (54) 3454-2899 ou no Centro Revivi através do (54) 3454-5400.
Fonte: Central de Jornalismo da Difusora
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