Na Carta de Conjuntura de janeiro, divulgada nesta terça-feira (23) pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), o economista Martinho Lazzari pondera que “confirmadas as expectativas atuais, a economia do Rio Grande do Sul crescerá pelo segundo ano seguido, algo que não acontece desde o biênio 2010-2011. Entretanto, a sequência da recuperação se manterá lenta, caracterizando-se mais como uma recomposição parcial da perda do nível de atividade durante a recessão do que uma retomada mais consistente da economia”.
A partir de dados da pesquisa Focus, do Banco Central do Brasil, Martinho estima que a economia brasileira deva crescer 2,7% em 2018, tendo como base o aumento do consumo e, em menor grau, das exportações, com o investimento ainda aguardando períodos econômicos e políticos mais claros. “A economia gaúcha, por óbvio, terá seu desempenho determinado, em grande parte, pelo ritmo de crescimento da economia brasileira. Entretanto, especificidades econômicas do Estado poderão desviar o crescimento do RS daquele esperado para o Brasil”. A ideia das projeções, segundo Martinho, não é tanto acertar a previsão do índice, mas ver como o RS se comporta em relação ao Brasil e às variáveis analisadas.
Há tendência de redução da produção agrícola do Estado para 2018, um ritmo de expansão mais estável para a Indústria de transformação, e, quanto ao consumo das famílias, Lazzari salienta que, depois de mais de dois anos de queda, o consumo das famílias brasileiras retomou a expansão em 2017. “Como consequência direta, o Comércio voltou a crescer no Brasil e no Rio Grande do Sul, algo não verificado desde 2014. Para o novo ano, as perspectivas são de aceleração do crescimento do consumo e consequente expansão das vendas comerciais”, pontua. Quanto à Construção civil, Martinho Lazzari ainda não vê, nem no Estado e nem no Brasil, indícios de retomada do crescimento.
Ele explica que será necessário observar fatores que podem trazer impacto no desenrolar da economia, como o cenário político, o nível de investimentos e a infraestrutura. Martinho também destaca que a possibilidade de fazer essas projeções deriva da capacidade da FEE de articular diferentes áreas e trabalhar de modo contínuo e interdisciplinar. “Apesar de se tratar de um texto simples, utilizei informações e avaliações de várias áreas da FEE, como política econômica, agronegócio, análise setorial e mercado de trabalho”, destaca.
Fonte: FEE
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