Justiça inocenta policiais acusados de torturar jovens em Flores da Cunha em 2007

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul inocentou, nesta quinta-feira, dia 8, os oito, dos quinze policiais que ainda respondiam por acusações de tortura a quatro jovens na cidade de Flores da Cunha em 2007. Sete deles já haviam sido inocentados em primeiro grau.

O caso ocorreu na madrugada do dia 27 de dezembro de 2007, quando policiais lotados nas cidades de Flores da Cunha, Farroupilha e Caxias do Sul, teriam agredido e torturado os jovens para obter informações do paradeiro do autor da morte do sargento Luiz Ernesto Quadros Mazui, morto a tiros pelo gesseiro Valdir Moura durante o atendimento de uma ocorrência.

Segundo informações da época, após a morte do colega de corporação, os policiais teriam se organizado e ido até o local do crime procurar o atirador que já havia fugido com um dos filhos, de quatorze anos.

No local os PMs encontraram quatro jovens e teriam torturado os mesmos com chutes, socos, coronhadas, e por sufocamento se utilizando de sacos plásticos. Um dos jovens, de 16 anos na época, teve um cabo de vassoura introduzido no ânus. Após cinco anos de investigações, oitos, dos quinze policiais chegaram a ser condenados pela juíza da Comarca de Flores da Cunha, mas recorreram da decisão, que resultou na absolvição de todos nesta quinta-feira.

Na primeira instância já haviam sido inocentados os policiais Ademir Dorneles Severo, Alexandre Augusto Silva da Silva, Edison Hildebrando Ribas dos Santos, Enéias Gonçalves Falcão, Gilberto Guntzel de Oliveira, Luis Carlos de Mattos, Valerio Zorzi e Wladinir Vieira, enquanto os militares Cirlon Manzoni Lemes, Derli Parode Barroso Junior, Gerson Luiz Pereira de Souza e Silva, Jeferson dos Santos Silveira, Juliano Andre Amaral, Maquiel Augusto Celso e Paulo Joas Pires já haviam sido inocentados em primeira instância.

Foto: O Florense/Arquivo

error: Conteúdo Protegido