Nesta sexta-feira (24), reunidos em Assembleia Geral, no Gigantinho, em Porto Alegre, educadores e educadoras deliberaram pela continuidade da greve da categoria, que completa 80 dias hoje.
Pela manhã, o Conselho Geral da entidade havia votado, por ampla maioria, pela suspensão da paralisação.
Durante a Assembleia, dos 1.620 votantes, 838 votaram a favor da continuação da greve e 782 pela suspensão. Na ocasião, a categoria também aprovou um calendário de fortes mobilizações pelo Estado para denunciar o descaso do governo Sartori com os professores e funcionários de escola e com a educação pública.
“Sabemos quando a greve tem força para avançar ou não, todo o cenário atual foi exposto à categoria para que tomassem a decisão e, democraticamente, definiram pela continuidade. Agora, temos um forte calendário de lutas para colocar em prática e fortalecer o nosso movimento”, afirma a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
Propostas de mobilização aprovadas:
- Continuidade da greve;
- Construção de calendário de visitação a todas as escolas para debate e organização da participação nas atividades de resistência e luta, frente aos ataques do governo Sartori;
- Realização de plenárias macrorregionais ampliadas, com a discussão sobre os projetos protocolados na Assembleia Legislativa: reestruturação do IPE e Regime de Recuperação Fiscal;
- Realização de Ato Público Unificado, na primeira quinzena de dezembro, em defesa do IPE Público e de Qualidade, com a entrega de um documento ao Judiciário, pedindo mediação para a questão do pagamento do 13º salário, conforme prevê a Constituição Estadual;
- Ato Público Unificado (MUS), no dia 20/12/2017, em defesa do pagamento integral do 13º salário e contra os Projetos de Lei que tramitam na Assembleia Legislativa e lesam a escola pública, o patrimônio público e os direitos dos servidores;
- Organização do Acampamento na Praça da Matriz, fazendo pressão aos deputados, também em suas bases, para que votem contrários aos projetos lesivos aos servidores públicos e ao patrimônio Público do RS;
- Debate com a categoria sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 263, que estabelece a Data Base;
- Formação de Comitês (partidos, sindicatos, centrais, comunidades escolares, entidades e personalidades) contra o Projeto RRF, do governo Sartori;
- Participação das lutas nacionais chamadas unificadamente pelas Centrais Sindicais;
- Dialogar e buscar os demais sindicatos de trabalhadores públicos e privados, centrais sindicais e a população contra os ataques à classe trabalhadora, através de “mosquitinho” que contemple pontos básicos, além da defesa da educação pública e da saúde, as causas e consequências das reformas trabalhista e previdenciária, o aumento do combustível, da água e dos medicamentos;
- Moção de repúdio ao governo Sartori pela convocação dos (as) aposentados (as) ao trabalho voluntário.
Fonte: CPERS
Foto: Arquivo Difusora
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