O sonho de ter um imóvel próprio está angustiante para famílias que adquiriram apartamentos na planta no Residencial Francisco, em Bento Gonçalves. O investimento fica na Isidoro Cavedon, bairro São Roque, e deveria ter sido entregue em novembro de 2016. No entanto, não foi isso que aconteceu. Havia um prazo contratual de seis meses de prorrogação, o que garantiria a entrega dos imóveis até abril de 2017, que também não foi cumprido.
Indignados com isso, um grupo de pessoas que adquiriu imóveis na planta procurou a reportagem da Difusora para externar seu descontentamento com a situação, uma vez que, até então, não se tinha nenhum posicionamento oficial por parte da construtora responsável pela obra, tampouco da Caixa Econômica Federal, uma vez que parte dos imóveis é financiada através do programa Minha Casa, Minha Vida.
Dentre os moradores que procuraram a reportagem, dois aceitaram se manifestar sobre o tema. Juliana Bendo comenta que se sente extremamente angustiada com isso tudo. “Foi um investimento, houve todo um planejamento para estarmos em um imóvel que é pra ser nosso. Foram prazos e mais prazos e posteriormente mais prazos. E na realidade não sabemos quando os imóveis serão entregues. Pressionamos construtora e CEF e durante muitos meses ninguém nos deu resposta. Fazem mais de dois meses que o banco nos enrola e não querem acionar o seguro. E nós moradores estamos aqui, aguardando”, afirmou.
Thiago Zapalai conta que várias vezes foram procurados Caixa, construtora e até órgãos de proteção ao consumidor. “Procuramos o Procon, que diz que essa é uma questão que deve ser resolvida na Justiça. A promessa era que em dois anos seria entregue. Depois, houve um comunicado de atraso de oito meses em virtude de tempo ruim e outras coisas. Mas foram adiando, adiando e não vimos nada de concreto. A construtora, por sua vez, diz que depende da Caixa e no banco estão sempre ocupados demais pra nos atenderem. Acho que estamos pagando, estamos nos planejando e merecemos um posicionamento concreto acerca do tema”, afirma.
O que diz a Construtora
Procurada, a Construtora Nunes alega que foi diretamente atingida pela crise e necessita que a Caixa Econômica Federal libere mais um aporte de recursos para que a obra seja finalizada. A empresa ainda informou à reportagem que houve uma nova extensão de prazo e que os apartamentos, agora, estão programados para serem entregues em 18 de março de 2018.
O que diz a CEF
Em nota, a superintendência regional da Caixa Econômica Federal informou que “Em relação ao Residencial Francisco, informo que das 72 unidades, 49 são financiadas pela Caixa. A Construtora Nunes passa por dificuldades, mas demonstra interesse em entregar a obra. A empresa tem buscado alternativas para efetivar isto. A obra não está parada e a Caixa é parceira na solução do problema e oferece sugestões para que a mesma se concretize”.
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