Pesquisa realizada pela Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Tacchini junto à famílias que poderiam autorizar uma possível doação de órgãos aponta que 44,6% dos entrevistados optam por respeitar a vontade de seus ente-queridos que, ainda em vida, dizem que não querem ser doadores. Essa é a principal dificuldade enfrentada pelos integrantes da Comissão no momento de abordar as famílias. A enfermeira Zeni Lazzarini, que coordena a CIHDOTT, lembra que até um tempo atrás as convicções religiosas apareciam como principal motivo. “Hoje, mais do que tudo, é essencial manifestar em vida o desejo de ser ou não um doador”, explica a coordenadora.
Embora dificuldades existam, a CIHDOTT fechou o mês de setembro com a realização de 3 doações de múltiplos órgãos, sendo possível captar um fígado, 6 rins e 12 córneas. Neste ano já foram 5 doações múltiplas, além de 53 doadores de córneas, totalizando então 106 unidades.
CIHDOTT no Hospital Tacchini
Desde a sua implantação em 2002, a comissão já captou mais de 1.200 órgãos e mais 240 transplantes de córneas. Neste ano, até o momento, sete famílias foram entrevistadas para doação de múltiplos órgãos, sendo que cinco aceitaram e três não. Além disso, houve duas entrevistas para doação de tecido musculoesquelético, sendo que apenas uma das famílias aceitou.
No quesito doação de córneas, foram entrevistadas 101 famílias, sendo que 53 aceitaram (106 córneas doadas) e 48 não. Podem ser doados órgãos e tecidos como córneas, ossos e pele, além de pulmão, coração, fígado, rins e pâncreas.
A pesquisa realizada pela CIHDOTT junto às famílias
– 44,6% dos entrevistados afirmam que o ente querido não teria se manifestado positiva ou negativamente quanto à doação de órgãos;
– 30,8% das famílias optam por ter o corpo de seu ente querido de forma íntegra;
– 21,5% dizem desconhecer o desejo do potencial doador;
– 3,1% dizem respeitar as convicções religiosas do doador;
Implantada em 2002, a CIHDOTT foi instituída pelo Ministério da Saúde em todos os hospitais públicos, privados e filantrópicos com mais de 80 leitos. No Hospital Tacchini, o grupo conta com 23 profissionais.
Todos os órgãos captados são distribuídos através da Central de Transplantes, em Porto Alegre, que controla e regula a fila de espera no Estado. As córneas são encaminhadas ao Banco de Olhos do Hospital Geral, em Caxias do Sul e o tecido músculo esquelético vai para o Banco de Ossos do Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo.
Atualmente, o Rio Grande do Sul é o terceiro colocado nos dados relacionados à doação de órgãos e tecidos, ficando atrás apenas de São Paulo e Paraná. Neste ano, no Estadio foram realizados 488 transplantes de córneas; 376 de rins; 87 de fígados; 31 de pulmões e 14 de corações. No Estado, pacientes aguardam na fila de espera pela doação de 872 rins, 145 fígados, 170 medula óssea, 16 córneas e 17 corações.
Fonte: Hospital Tacchini
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