Os mais de 400 profissionais que participaram do 8º Seminário de Gestão de Pessoas, promovido pela Associação de Recursos Humanos de Bento Gonçalves experimentaram um dia diferente de reflexão, atualização de conhecimento e networking.
Com programação intensa, o encontro concentrou suas atividades no dia 12 de setembro, no Dall’Onder Grande Hotel, oferecendo um circuito de palestras com qualificados conferencistas, atrações artísticas e acesso a novidades apresentadas por empresas e prestadores de serviço ligados à área.
“Esse encontro foi uma oportunidade única para compartilhar e desfrutar do conhecimento de especialistas sobre aquele que é o principal desafio na gestão de pessoas: engajar. Vivemos um momento de transformação, em que novas demandas chegam a uma velocidade jamais vista na rotina das pessoas no ambiente de trabalho. Conduzir as equipes por esse caminho é o papel que esperamos dos líderes na área de Gestão de Pessoas: que sejam inspiradores, formem alianças, atraiam e desenvolvam talentos comprometidos com o sucesso das empresas. O Seminário certamente contribui ao incitar a reflexão acerca dessa realidade”, disse a presidente da entidade ADRH-BG, Lisandra Bresiani
Debatendo o tema ‘Engajamento: a verdadeira excelência das organizações de sucesso’, nomes como Eduardo Shinyashiki; Soraia Schutel; Constança Meirelles; Silvana Mello; Nelson Bittencourt e Mario Sérgio Cortella compartilharam seus pontos de vista acerca desse conceito. Veja alguns dos destaques:
Eduardo Shinyashiki (Excelência: um espetáculo refinado, perfeito!): em uma palestra energizante, sentenciou que a excelência começa a ser construída quando a pessoa está aberta a receber novas informações ou conhecimentos, mostrando-se disposta a evoluir. Comentou, também, sobre os novos conceitos que norteiam o mundo do trabalho. “Na década 1980, o desafio do líder era delegar responsabilidades. Hoje, é engajar, no sentido de mostrar como a empresa é coerente com os valores e princípios da equipe. Somente dessa forma é possível dar sentido ao trabalho e obter, portanto, o comprometimento”, disse.
Soraia Schutel (Engajamento com propósito: ressignificando o sentido do trabalho); diante da constatação de que 80% da população ativa no Brasil se declara infeliz no trabalho, Soraia fez um alerta: “Fomos educados para a cultura do ter, e não pelo valor do ser. Essa distância gigante entre o ‘ter’ e o ‘ser’ é o que gera pouco engajamento e, porque não dizer, felicidade no universo do trabalho. A auto realização da pessoa requer que ela esteja conectada com seus grandes sonhos e saiba o propósito de fazer aquilo que está fazendo, especialmente se essas ações estiverem vinculadas a um objetivo maior”, disse. Quando as empresas conseguem atrair colaboradores alinhados com o propósito organizacional – processo que é fruto do autoconhecimento empresarial – elas são eficazes em vender o ‘por que’ daquilo que fazem – com influência direta nos resultados obtidos.
Constança Meirelles (Você, o protagonista do seu futuro): afirmando categoricamente que a carreira não pode ser um fardo para o colaborador, Constança destacou o papel do líder enquanto agente capaz de ajudar as pessoas da equipe a descobrirem aquilo que as motiva. “É preciso ajudar os indivíduos no processo de autoconhecimento: quem eu sou, o que eu faço, onde estou e o que me move. Caso contrário, o profissional é atropelado pela falta de contato com a essência de sua existência”, disse.
Silvana Mello (Engajamento e o papel da liderança: potencializando pessoas e equipes na busca de resultados com excelência): em uma palestra interativa, convidou os participantes a refletirem sobre o que significa ser um líder atualmente. “Lembremos sempre: uma liderança forte e consistente eleva o patamar de engajamento da empresa. A liderança, hoje, colaborativa, é fundamental para reduzir o gap de engajamento que acomete a maior parte das empresas. Por isso, o líder precisa estar ciente de seu impacto e de seu legado: ele tem obrigação consigo, com os clientes, com os colaboradores, com a organização e com a comunidade onde está inserido.
Nelson Bittencourt (Construção e manutenção de equipes engajadas, realidade ou utopia?): em um universo caoticamente contaminado pela urgência com que as inovações são apresentadas, é fundamental que as pessoas estejam dispostas a praticar o exercício da atualização permanente, porém, na medida certa – sem abrir mão de estar em contato com sua essência. “Esse equilíbrio verdadeiro é o que torna possível a construção de uma equipe coesa: integrada em um mesmo propósito e aberta ao novo”.
Mario Sérgio Cortella (Cenários turbulentos, mudanças velozes: negação, proteção ou superação?): atração mais aguardada da programação, Cortella cativou o auditório durante uma palestra expositiva que pontuou os tempos modernos com pinceladas de filosofia. Com incisões fortemente reflexivas, convidou os participantes a pensarem acerca de seu comportamento – criticou o conformismo, a omissão e a falta de coragem. Também convidou o público a refletir sobre a diferença entre ser ‘idoso’ e ser ‘velho’. “Idoso é aquilo que tem muita idade. Mas velho é qualquer que acredita já ter visto de tudo e já ter aprendido tudo o que precisa saber. Quando a pessoa deixa de estar aberta ao novo, ela fica velha”, disse.
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