Aumento de imposto é um grave erro e será pago por toda a sociedade, diz Fecomércio-RS

“Um decreto que aumenta impostos em um dos países que possuem a maior carga tributária do mundo. Um aumento de impostos quando a economia está marchando e buscando uma retomada. Estamos indignados.” A manifestação é do presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, que demonstra a forma como empresários receberam a notícia do aumento da PIS/Cofins sobre gasolina e diesel. Bohn reforça que enquanto adiamos a reforma da previdência, cujo déficit anual chega a R$ 300 bilhões, o governo busca atalhos para conseguir cumprir uma meta fiscal que já é deficitária.

A avaliação da Fecomércio-RS é de que os valores de PIS/Cofins sobre gasolina e diesel vão praticamente dobrar. Na gasolina, deve haver aumento de cerca de R$ 0,40 e no diesel mais de R$ 0,20. Isso tudo para aumentar a carga tributária em mais R$ 10 bilhões. “Aumentar tributos em bens de consumo e insumos fundamentais, como é o caso dos combustíveis, em meio à situação econômica atual, é extremamente danoso para a sociedade brasileira”, critica Bohn. Ele explica que o aumento do diesel se espalha pelo preço de todos os bens e serviços que dependem de transporte e o aumento da gasolina afeta diretamente o bolso das pessoas.

A medida tomada pelo governo federal acentua ainda mais o trabalho da Fecomércio-RS em favor de uma reforma da previdência que torne o sistema previdenciário mais justo, menos concentrador de renda e que pare de gerar déficits fiscais estrondosos para o país.

“Enquanto isso não acontece, o governo, de forma equivocada e indesejável, aumenta a carga tributária que incide sobre todos os cidadãos brasileiros. O déficit do setor público é estrutural, causado pela previdência, e não será resolvido com medidas paliativas de aumento de tributos, que apenas punem a sociedade como um todo para manter privilégios insustentáveis para um grupo de pessoas que se beneficia do déficit previdenciário”, critica o dirigente.

Fonte: Fecomércio/RS

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