O 1º de maio, data em que se celebra o Dia do Trabalhador, será, neste ano, sobretudo tempo para refletir. A instabilidade político-econômica que afeta o país tem influenciado diretamente a vida dos trabalhadores: o trâmite de assuntos como as reformas previdenciária e trabalhista, além da recentemente aprovada lei da terceirização geram apreensão – tanto para empregados quanto para empregadores.
Em entrevista, o presidente do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves, Laudir Miguel Piccoli, comenta que, mesmo diante de um cenário de tensões, é preciso atentar para os aspectos positivos que começam a aparecer no panorama e, principalmente, focar as atenções nas alternativas para driblar os obstáculos e buscar o crescimento.
O Dia do Trabalhador vem acompanhado do debate acerca das diversas mudanças que estão sendo sugeridas pelo Governo. O que mais preocupa profissionais e empreendedores?
Laudir Piccoli: As discussões atuais sobre as reformas Trabalhista e Previdenciária trazem à tona questões muito complexas que fazem parte da realidade do empreendedor no Brasil. É antiga a reivindicação, por parte dos empresários, pela criação de ferramentas e ações que desonerem as empresas e as ajudem a ganhar competitividade. A flexibilização de algumas questões trabalhistas faz parte dessa pauta. Porém, a tomada de quaisquer decisões de mudança deveria ser feita a partir do diálogo com a sociedade, de forma a contemplar do melhor modo possível os interesses de todos os envolvidos – e percebemos que isso não tem ocorrido. Esse é, certamente, um dos fatores geradores de descontentamento e protesto. Outro ponto que claramente incomoda o cidadão é ter que pagar a conta da má gestão nas finanças públicas. Entendo que a primeira medida em que o governo deveria estar focado é a Reforma Política, criando e aplicando medidas de fiscalização e punição à corrupção. Com uma administração mais eficiente, certamente seria possível encontrar alternativas de estimulo ao desenvolvimento e crescimento da nação sem ônus a qualquer parcela da sociedade.
De que forma o CIC-BG tem contribuído com o trabalhador?
Laudir Piccoli: Nós temos trabalhado em diferentes frentes de atuação, e acredito que uma das principais é o estímulo à qualificação e atualização dos profissionais, especialmente nos casos estratégicos de gestão e liderança. O CIC tem oferecido constantemente oportunidades de capacitação para que essas pessoas tenham uma visão mais ampla de seus negócios e consigam encontrar caminhos eficientes que levem ao sucesso. É sabido que nossa região tem vocação empreendedora, porém precisamos qualificar nossos gestores para enfrentar os desafios do mercado. Nossa programação de atividades está repleta de cursos, treinamentos, visitas técnicas e palestras que contribuem com essa finalidade.
A sombra da palavra crise ainda causa certa tensão no mercado. Como os empresários de Bento Gonçalves têm reagido a ela?
Laudir Piccoli: Cabe ao empresário lembrar da importância de seu papel enquanto gerador de emprego e renda, além de fomentador de investimentos e inovação – essa responsabilidade transcende qualquer panorama de crise e, certamente, não esmorece diante dos obstáculos. Muito pelo contrário: é no momento de dificuldade que o empreendedor precisa mostrar toda sua fibra e capacidade de superação em prol do desenvolvimento da sociedade e, certamente, também pela sobrevivência do seu negócio. Ao longo dos anos a economia e o mercado de consumo mostraram que quem persistiu, soube se adaptar, fez o dever de casa e trabalhou com uma gestão competente , venceu a crise e saiu dela muito mais forte. Isso ocorrerá também agora. É preciso agir e reagir – melhorando processos, agregando competitividade, inovando. Não podemos esquecer que amanhã os governos serão outros, mas nossas empresas continuarão aqui. Mais do que nunca é hora de fazer.
Por meio de que ferramentas o CIC-BG tem ajudado as empresas nesse processo de reação e estímulo aos negócios?
Laudir Piccoli: O CIC-BG tem exercido papel fundamental enquanto gerador de oportunidades que fomentam o desenvolvimento econômico. Dentro de pouco mais de um mês, estaremos diante de uma das mais expressivas promoções da entidade nesse sentido: a realização da ExpoBento, a maior feira multissetorial do país, que é oferecida às empresas de Bento Gonçalves e região, principalmente, como alternativa de bons negócios. Durante onze dias, a feira atrai mais de 200 mil pessoas, movimenta cerca de R$ 400 milhões e cria inúmeros empregos – temporários e, também, permanentes, uma vez que favorece a concretização de novas alianças para os participantes graças ao fortalecimento da rede de contatos. Cabe ao empresário, contudo, estar atento a essas oportunidades que são oferecidas e preparar sua empresa para extrair delas os melhores resultados. Quem encarar a ExpoBento como marco da retomada dos negócios, trabalhando com foco e seriedade para potencializar os retornos, comemorará uma feira de excelentes negócios.
Fonte: Exata Comunicação
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