Na tarde desta quinta-feira (02), aportaram em solo brasileiro dois criminosos que haviam sido presos recentemente na cidade de Pedro Juan Caballero/Paraguai, com identidades falsas, onde estariam sendo investigados pela participação em um duplo homicídio ocorrido no dia 02 de janeiro, na cidade de Asunción no Paraguai.
No dia da prisão, as autoridades paraguaias entraram em contato com a Delegacia de Capturas do DEIC, questionando se os indivíduos presos poderiam estar com identidades falsas. Os criminosos foram identificados como sendo os indivíduos conhecidos pelas alcunhas “Nego Jackson” e “Marquinhos”. O primeiro é apontado como líder de uma das facções criminosas mais atuantes no RS, possuindo 11 mandados de prisões por crimes de homicídio.
O segundo, comparsa do primeiro, é tido como uma das lideranças do tráfico nas regiões da localidade conhecida como “buraco quente” e do bairro Vila Nova, possuindo ao menos 3 mandados de prisão por homicídios, sendo apontado como o criminoso que teria efetuado o disparo de fuzil que vitimou uma menina de 8 anos de idade que dormia em sua casa, no bairro Vila Nova, no dia 17 de abril de 2015.
Após ser constatada as verdadeiras identidades dos presos, foram repassadas às autoridades paraguaias todas as ordens de prisões que pesavam contra eles, bem como se deu início à solicitação de expulsão dos criminosos, tendo por justificativa que aqui respondem por mais crimes e com gravidade superior aos que estariam justificando suas prisões no Paraguai.
Foram feitas diversas reuniões entre as autoridades paraguaias e a Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul, representada neste intento pelo DEIC e pelo GIE, que resultaram na decretação da expulsão dos presos do Paraguai e entrega destes às autoridades brasileiras.
Destaca-se a pronta colaboração das autoridades paraguaias que não mediram esforços em atender a solicitação dos policiais gaúchos, estreitando ainda mais os laços que só contribuem para que ações como estas sejam cada vez mais frequentes. A presente operação ainda contou com o apoio da Polícia Federal e da Polícia Civil do Estado do Paraná.
O preso conhecido pela alcunha “Nego Jackson” foi conduzido pelos policiais gaúchos à Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, enquanto “Marquinhos” foi recolhido na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC).
Fonte: Polícia Civil
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