As altas temperaturas e o período de verão são motivos para o Serviço de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) reforçar o alerta para acidentes envolvendo animais peçonhentos em Bento Gonçalves. Nesta época que ocorrem 70% dos casos. A atividades dos animais como aranhas, abelhas, taturanas, serpentes são mais comuns, além das pessoas se vestirem com uma quantidade menor de roupas nos meses mais quentes, o que expõe uma área maior do corpo ao contato com os peçonhentos.
Para se ter uma ideia, em 2016 foram registrados cerca de 130 atendimentos por ataques de abelhas, 200 por aranhas e até cinco óbitos em virtude de taturanas, contra um no ano de 2015.
“Isto pode variar e tem diversas explicações, de termos mais ou menos animais, ou termos ou não o cuidado maior das pessoas em relação a estes bichos”, comentou José Antônio Rodrigues da Rosa, coordenador do Setor de Epidemiologia da SMS.
Incidência no município
Entre 1998-2014, a Vigilância Epidemiológica registrou cerca de 7.200 casos de acidentes causados por animais peçonhentos, numa média de 460 casos por ano, representando o principal evento tóxico do município. A maioria dos acidentes atinge os homens, cerca de 53% dos casos. As aranhas são os animais que mais causam acidentes (cerca de 40% do total de casos), seguidas pelas abelhas (24%) e lagartas urticantes (11%). Em uma menor proporção, contam-se os acidentes envolvendo serpentes e escorpiões.
Por serem cosmopolitas, as aranhas são facilmente encontradas na maioria das residências humanas, o que aumenta a sua proximidade com as pessoas e as chances de ocorrerem acidentes. Entre as aranhas, destaca-se a aranha marrom (Loxosceles) que pode ser encontrada dentro de armários, roupas, sapatos, atrás de quadros e de móveis. Apesar de pequena, o veneno dessa aranha pode causar uma extensa lesão no local da picada. Já os acidentes causados por abelhas costumam ser de baixa gravidade, provocando, quase sempre, dor no local da picada. Entretanto, pessoas alérgicas ao veneno deste inseto podem desenvolver sintomas bem mais graves, necessitando de internação hospitalar.
Acidentes com serpentes e escorpiões estão entre os menos freqüentes. Porém, serpentes como a jararaca, são comumente encontradas em nosso município e o seu veneno causa complicações generalizadas que exigem o uso de soroterapia. Existem várias espécies de taturana em nossa região. Elas podem ser encontradas em árvores e folhagens. A maioria, causa apenas sintomas locais, como sensação de queimação, ardência e dor. Todavia, deve-se chamar a atenção para a taturana do gênero Lonomia. Esse animal é encontrado principalmente em plátanos, mas, também, pode ser observado em outros tipos de árvores frutíferas. Os acidentes com este tipo de taturana devem ser considerados graves, isso, porque ela possui espinhos que perfuram a pele e injetam o veneno na corrente sangüínea da pessoa. O veneno é capaz de provocar sangramentos algumas horas após o acidente. Por essa razão, a pessoa acidentada deve procurar atendimento num serviço de saúde o mais rapidamente possível.
Medidas de prevenção dos acidentes com animais peçonhentos:
– O uso de botas de cano alto ou perneira de couro, botinas e sapatos evita cerca de 80% dos acidentes com serpentes.
– Usar luvas de couro para manipular folhas secas, montes de lixo, lenha, palhas, etc e para podar árvores ou colher frutas.
– Não colocar a mão em buracos, sob pedras e troncos podres.
– Verificar sinais de presença de animais peçonhentos antes de subir em árvores para colher ou podar.
– Limpar paióis e terreiros, não deixar acumular lixo. Fechar buracos de muros e frestas de portas.
– Evitar acúmulo de lixo ou entulho, de pedras, tijolos, telhas, madeiras, bem como, mato alto ao redor das casas que atraem e abrigam pequenos animais que servem de alimentos às serpentes e escorpiões.
– Acondicionar o lixo em recipientes e sacos fechados.
– Eliminar insetos e ratos que servem de alimentos para os animais peçonhentos.
– Manter jardins e quintais limpos. Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo menos numa faixa de dois metros junto das casas.
– Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois aranhas e escorpiões podem se esconder neles.
– Usar telas contra insetos em ralos do chão e de pias.
– Respeitar a natureza.
Fonte: Central de Jornalismo da Difusora
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