O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) voltou a crescer em novembro de 2016, na comparação com o mês anterior, feito o ajuste sazonal. A elevação chegou a 3,1%, a primeira após dois meses de queda e a maior taxa desde abril de 2013, quando foi de 4,4%, aponta a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), nesta quarta-feira (18). Dos seis indicadores que compõem o IDI-RS, apenas a massa salarial caiu (-0,9%), descontados os efeitos sazonais.
A maior contribuição positiva veio do faturamento real, que subiu 11,4%, recuperando parte das duas quedas anteriores. “Os resultados confirmam a tendência de estabilização da atividade observada nos últimos meses. Os sinais de leve melhora estão muito mais relacionados à base fraca de comparação do que a uma mudança no cenário econômico”, alerta o presidente da FIERGS, Heitor José Müller.
Assim como o faturamento da indústria, as compras do setor avançaram 4,9%, apresentando uma tendência ascendente nos últimos meses. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou praticamente estável (0,1%), alcançando 77,2%, próxima de seu piso histórico de 76,9%, comportamento verificado também pelas horas trabalhadas na produção (0,2%). O nível de emprego (0,1%) manteve a estabilidade, mas não apresenta queda há dois meses, fato inédito desde setembro de 2013.
“A demanda interna, composta por consumo e investimentos, é o principal fator restritivo e segue em declínio, sob o impacto do aumento do desemprego e da queda na renda. A redução na taxa de juros prevista para os próximos meses pode ser um alento, tendo em vista que o crédito permanece restrito e o endividamento das famílias e das empresas continua elevado”, afirma Müller.
Ao comparar novembro do ano passado ao mesmo mês de 2015, houve um recuo de 2% no IDI-RS, a 33ª taxa negativa seguida, mas a menos intensa desde março de 2014 (-1,7%). Também no acumulado de 2016 frente aos 11 primeiros meses do período anterior, a redução foi de 6,3%, desempenho compartilhado por todos os indicadores:
faturamento real
(-10,9%), compras industriais (-6,5%), horas trabalhadas na produção (-5,8%), utilização da capacidade instalada (-0,4%), emprego (-7,5%) e massa salarial real (-8,6%).
A redução da atividade industrial foi disseminada no período pesquisado no ano passado. Ocorreu em 16 dos 17 setores. Destaque para o segmento metalmecânico – Veículos automotores (-12,5%), Máquinas e equipamentos (-10,6%), Produtos de metal (-9,8%) e Metalurgia (-8,4%) – e de Móveis (-13,3%) e de Tabaco (-9%).
Fonte: FIERGS
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