Quatro escolas e 300 alunos foram selecionados para realizar pesquisas e entrevistas sobre as características e os aspectos históricos de Bento como é conhecido hoje. Nesse empreendimento plural e colaborativo, destaca-se o fomento do protagonismo estudantil de produzir as narrativas que compõem os capítulos do livro, as percepções em contato com a história, a comunidade, o papel dos alunos no diálogo intergeracional e no tempo/espaço das mudanças civilizatórias.
A EMEF Lóris Pasquali Reali, localizada no Vale dos Vinhedos, ficou com o recorte temático do próprio Vale e do distrito de Faria lemos. Participaram 33 alunos dos 8º e 9º anos, sob a supervisão da professora de Português Fabiele Favero, e da supervisora educacional, Tatiane Maria Romio.
As pesquisas, em duplas, foram feitas por meio de coleta de dados, entrevistas com munícipes, visitas a campo e captação de fotografias. Na produção textual, a poesia também foi exercida, com direito a ser bilíngue, sendo traduzidas para o Talian pela professora.
“Essa foi uma experiência muito linda de viver e reviver. Desde o dia em que minha supervisora falou sobre o projeto, eu já amei e imaginei quais turmas participariam. Li, em casa, todos os livros que já foram escritos, fiz muitas observações e os levei para a turma. Salientamos da importância de sermos coautores de um livro e ainda mais representar nossa Bento Gonçalves. Da oportunidade, talvez única, de participar de algo tão grandioso”, destaca Fabiele.
A parte mais difícil foi a escolha dos textos para o livro. O empenho e dedicação criou passagens, reflexões e escritas significativas que, por si só, poderiam constar todas na publicação, demonstrando o papel ativo dos estudantes de (re) criar a história, fortalecendo o pensamento crítico.
“Foram muitas escritas e reescritas até ficar como eles desejavam. Textos prontos, o aluno Henrique digitou todos. Lemos para a classe ouvir uns dos outros. Muitas pessoas da escola leram e deram sua opinião, assim tendo vários olhares sobre os textos”, destaca a professora Fabiele sobre o processo.
No trabalho em campo, foram agendadas entrevistas com moradores locais e pesquisas nos distritos, além das orientações e dinâmicas da mentora do projeto, que esteve em maio nos educandários, a coordenadora pedagógica Gisele Germano.
A supervisora Tatiane enfatiza sobre o desenvolvimento de descobertas pelos alunos os quais perceberam a riqueza dos detalhes, onde, também, aprenderam palavras e expressões no dialeto Talian.
“Quando nossa escola foi escolhida para participar desse projeto, o sentimento foi de alegria e orgulho. Escrever parte desse livro é mais do que uma atividade escolar, é um gesto de amor pela nossa terra, pela nossa gente e pela nossa história. É ver os alunos se tornando autores da própria cultura e valorizando ainda mais tudo o que somos”.
“A Cidade da Gente” está em curso desde 2015 e já publicou mais de 35 livros infantojuvenis de municípios de diferentes estados do Brasil, onde os estudantes de escolas públicas criam narrativas sobre os patrimônios materiais, imateriais e ambientais.
“Agradecemos a confiança da Secretaria de Educação. Foi uma experiência que ficará marcada na vida dos estudantes que puderam explorar, refletir e dar voz aos lugares que habitamos, fortalecendo o sentimento de pertencimento e valorização local. Que ‘Bento Gonçalves – A Cidade da Gente’ inspire o orgulho de sermos parte desta comunidade, estimule a leitura, fortaleça as raízes culturais e desperte em cada leitor a vontade de cuidar, conhecer e amar ainda mais a nossa cidade”, enfatiza a diretora do educandário, Carina Zucchi.
O lançamento de “Bento Gonçalves – A Cidade da Gente” está marcado para 23 de outubro de 2025, às 8h30, na EMEM Alfredo Aveline.
Fonte / foto: Assessoria de Comunicação Social – Prefeitura
Leite entrega mais de R$ 46 milhões em viaturas e equipamentos para a segurança pública
Informações sobre o trânsito na ponte entre Bento e Cotiporã
Prazo de inscrições para o Programa Operação Terra Forte encerra na próxima semana