A perícia realizada pelo Instituto de Criminalística da Polícia Científica de São Paulo apontou que o metanol encontrado em parte das garrafas de bebidas alcoólicas destiladas apreendidas na capital paulista foi adicionado artificialmente, e não resultou da destilação natural. A análise faz parte de uma força-tarefa criada no último dia 3 de outubro para investigar casos de adulteração e contaminação em bebidas comercializadas no estado.
Os peritos avaliaram dois grupos de garrafas, e em ambos foram identificadas concentrações de metanol acima do limite permitido pela legislação. Os laudos foram encaminhados à Polícia Civil, que conduz as investigações para identificar os responsáveis. Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre os tipos de bebida, a quantidade de amostras analisadas ou os locais das apreensões.
Desde o início das fiscalizações, em 29 de setembro, mais de 16 mil garrafas foram apreendidas em diferentes regiões de São Paulo. As análises seguem em andamento, incluindo a verificação de embalagens e rótulos, para detectar possíveis indícios de reaproveitamento.
O metanol, álcool de uso industrial encontrado em solventes e produtos químicos, é altamente tóxico quando ingerido. O consumo pode causar cegueira, coma, falência de órgãos e morte, devido à transformação da substância em compostos tóxicos no organismo.
De acordo com o boletim divulgado nesta terça-feira (7), o estado de São Paulo registra 176 casos suspeitos de intoxicação por metanol — sendo 18 confirmados, 158 em investigação e 85 descartados após análise clínica. Entre os casos confirmados, três resultaram em morte, enquanto sete óbitos ainda estão sob investigação.
A força-tarefa estadual também encontrou mais de 100 mil vasilhames vazios em um galpão clandestino na Vila Formosa, Zona Leste da capital, e interditou 11 dos 18 estabelecimentos vistoriados desde o início das operações. Além disso, seis distribuidoras e dois bares tiveram a inscrição estadual suspensa por irregularidades.
As investigações seguem em duas principais linhas: a hipótese de que o metanol tenha sido utilizado na higienização de garrafas reaproveitadas, e a de que tenha sido adicionado para aumentar o volume de bebidas falsificadas. Outra possibilidade em análise é que o adulterante tenha origem em tanques abandonados após a recente megaoperação contra o crime organizado no setor de combustíveis, que apreendeu grandes volumes de metanol em agosto.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil e da Polícia Federal, que buscam identificar a origem do produto e os responsáveis pela contaminação.
*Com informações do Portal G1
Central de Jornalismo Difusora
Foto: UFPR/Divulgação
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