“O cristão deve estar comprometido com os valores da vida, empenhando-se para que os mesmos sejam respeitados e protegidos na família e na comunidade”
Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! O mês de outubro é lembrado e celebrado na Igreja e na vida de fé do nosso querido povo de Deus como o “Mês Missionário e do Rosário”, da Festa de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira do Brasil, mas também o Dia da Criança. Temos muitos motivos para celebrar e render graças a Deus pelo passado e pelo presente, mas queremos também invocar a proteção divina para olharmos o futuro com esperança, tendo presente que estamos celebrando o “Jubileu da Esperança”.
Na primeira semana de outubro, mais precisamente entre os dias 1º e 8, celebramos a Semana Nacional da Vida, e a Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB propôs como tema para as celebrações: “Cuidar de si, do próximo e da casa comum”, e o lema: “Lançai sobre ele toda a vossa preocupação, pois ele cuida de vós (1Pd 5,7)”.
Devemos continuamente educar as novas gerações no respeito à vida. Tendo presente que vida é um dom precioso e breve, concedido por Deus, que muitas vezes o homem não sabe valorizar. Ela precisa ser acolhida, cuidada e valorizada, como um tesouro que temos no presente, mas que, à luz da fé em Cristo Jesus, podemos sonhar e esperar vivê-la de forma gloriosa na eternidade. Por isso, é importante trabalharmos juntos num compromisso que envolve as famílias, as instituições religiosas, o poder público e a sociedade em geral, para criarmos uma consciência coletiva, que cuide e valorize a vida em toda a sua realidade, mas também a “casa comum”, como obra do Criador para suas criaturas.
Não podemos ceder ao pragmatismo de defender que a vida só merece ser protegida quando a pessoa pode contribuir economicamente com a sociedade. Essa cultura do descarte não é de Deus, o autor da vida. Tantos males ela já fez à sociedade, no passado e no presente. O cristão deve estar comprometido com os valores da vida, empenhando-se para que os mesmos sejam respeitados e protegidos na família e na comunidade. Quando abandonamos a defesa da vida, pactuamos de forma silenciosa com a cultura da morte, que ceifa de forma violenta, perversa e maligna a vida das nossas crianças, dos nossos jovens, dos adultos e idosos indefesos, e fere no coração a vida das nossas famílias. “Cuidar de si, do próximo e da casa comum” não pode ser uma opção isolada; deve ser uma ação que envolva a sociedade, porque todos nós vivemos nesta realidade humana, onde não estamos sozinhos e temos o nosso planeta como casa comum.
+ Dom José Gislon, OFMCap.
Bispo Diocesano de Caxias do Sul
Diocese de Caxias do Sul estréia série de vídeos com reflexões dominicais com os candidatos da Escola Diaconal São Filipe
Policiais descobrem laboratório de falsificação de bebidas no DF
Metanol: químicos alertam sobre riscos de testes caseiros