Exposição “Trajetórias do Breaking no RS” segue até 30 de setembro no Museu do Imigrante

A cena urbana está novamente em evidência no Museu do Imigrante. Após “O sentido das setas” do escritor de graffiti Gabriel Veiz, em março, até 30 de setembro de 2025, a instituição sedia a exposição “Trajetórias do breaking no RS – Crews no RS”, onde mostra 10 grupos do estado com imagens dos anos 80 até a atualidade, revelando uma pesquisa com viés histórico e cultural.

O público vai entrar em contato com um poderoso documento sobre as vidas periféricas e suas manifestações, sendo que, à luz dos 25 anos do século XXI, o Hip Hop cresceu e se popularizou, enfrentando os desafios, os pré-conceitos e preconceitos. Além disso, a pesquisa vem de encontro a salvaguarda na memória coletiva, assegurando a sua identificação no tempo/espaço, nos corpos e na valorização de sua expressão no estado.

“A exposição amplia os nossos conhecimentos e a biografia sobre a história do Hip Hop no nosso estado. Entre imagens, peças, objetos e painel temos um panorama da afirmação do movimento na esfera artística, onde seu protagonismo reflete resistência e transformação social”, destaca a museóloga Deise Formolo.

A exposição faz parte do projeto “Memórias do Hip Hop – Um recorte à cena do Breaking”, do produtor e b.boy Pedrinho Festa, tendo sido contemplado pela Lei Paulo Gustavo, que, também, foi produzido o livro onde mapeia a cena gaúcha do movimento e seus protagonistas, reunindo perfis e trajetórias dos profissionais.

Na publicação estão reunidos perfis selecionados de 30 B. Boys e B.girls, dez eventos, dez crews e dez trabalhadores da cultura. O livro tem 150 páginas ilustradas evidenciando essas trajetórias e ações que contribuem e valorizam a história da cultura hip hop no Rio Grande do Sul. O mapeamento é oriundo do site www.trajetoriasbreakingrs.com, de mais de 20 cidades.

O livro conta com a revisão histórica da produtora cultural e historiadora Luka Ibarra, comentários do b.boy e produtor cultural Pedrinho Festa, e ilustrações do artista de graffiti e b.boy Felipe Reis. A seleção atentou à inclusão das diversas regiões funcionais do Estado e também questões de diversidade, incluindo pessoas negras, indígenas, PCDs e LGBTQIAP+.

O livro pode ser adquirido pela Livraria Dom Quixote ou entrar em contato com as redes sociais da Sala Hip Hop. O custo é de R$ 40.

Serviço

O que: Exposição “Trajetórias do breaking no RS – Crews no RS’, que conta com descrições em braile e audiodescrição

Período de visitação: até 30 de setembro de 2025

Horário: de segunda a sábado, das das 8h às 12h e 13:30 às 17h

Onde: Museu do Imigrante – Rua Herny Hugo Dreher, 127, bairro Planalto

Entrada gratuita

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