Inadimplência segue em alta em agosto, no RS e no país

Dados da Federação Varejista do RS revelam recorrência nos números de dívidas

O Rio Grande do Sul manteve em agosto a tendência de alta no volume de consumidores inadimplentes – embora em ritmo menos acelerado do que o observado no levantamento do SPC em todo o País. Houve alta de 2,94% no índice de inadimplentes gaúchos em relação a agosto de 2024, quase três vezes mais do que a variação de 1% verificada no levantamento de julho. O índice está abaixo dos 9,2% de variação da inadimplência nacional neste mesmo comparativo. Os dados são disponibilizados pela Federação Varejista do RS.

Menos de 15% dos inadimplentes registrados em agosto são novos devedores. Nos últimos 12 meses, houve aumento de 8,52% no volume de reincidentes. A tendência de alta no endividamento é corroborada quando analisado o aumento no número de dívidas por consumidor. A variação foi de 11,43% no Rio Grande do Sul em relação a agosto do ano passado, e de 1,58% no comparativo com o mês anterior. Em média, o consumidor gaúcho acumula pouco mais de duas dívidas concomitantemente, com um tempo médio de 28,6 meses de atraso. A maior parte dos devedores gaúchos (36,43%) acumulam dívidas entre 1 e 3 anos.

Cada inadimplente devia, em média, R$ 5.317,70 em agosto. Porém, são 40,61% com dívidas de até R$ 1 mil. Quem pagou suas dívidas no mês desembolsou, em média, R$ 4.345,50, enquanto 56,92% pagaram até R$ 1 mil.

O total daqueles que conseguem pagar as dívidas e recuperar crédito está em baixa. Houve redução de -15,25% no volume de recuperação de crédito no Rio Grande do Sul em relação a agosto de 2024. Uma piora em relação à queda de -10,02% registrada em julho no comparativo com julho do ano passado e também pior do que o registro nacional de agosto, com redução de -12,59% na recuperação do País. O tempo médio para que um consumidor gaúcho retome o crédito é de 11,1 meses. A menor taxa de recuperação de crédito em agosto foi verificada entre os consumidores que levam até 90 dias para quitar suas dívidas (-17,26%).

Fonte: Raquel Piegas | Exata Comunicação e Eventos

Foto: Diego Dias

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