A Villa D’Arte, localizada na Linha 40 da Leopoldina no Vale dos Vinhedos, no limite entre a estrada de pedra e de chão, está sediando mais uma mostra artística. Na esteira de “In-Visível”, o espaço abriu as portas para o público, na última segunda-feira (08), para a estreia de “O Antagonismo do Avesso”, exposição que faz parte do projeto “Marcas” contemplado pelo Fundo Municipal de Cultura por meio do Edital 01/2023, tendo recebido R$ 34.500 para a sua execução.
A obra expográfica vem a lume após dois anos de pesquisas, maturada nos materiais mais profundos do ser humano: suas emoções, suas percepções, seu mundo sensível, abrangendo da criança à pessoa idosa, por meio da pergunta: “O que te marca?”. Do particular para o coletivo, a exposição gera uma paisagem universal, com multivisualidades: poesia, fotografia, artes plásticas, vídeo, som e performance. Três mulheres artistas, Karem Poleto Jacobs, artista visual, Daniela Possamai, artista visual e poeta, e Fernanda Moreira Rodrigues, bailarina, fecundam o processo criativo numa comunhão estética ímpar e inédita.
Para a colheita das marcas, um cabideiro de ideias itinerou em diferentes lugares como Piazza Salton, EMEF Santa Helena, Instituto Estadual De Educação Cecília Meireles, Tubuna – Cultura Gastronômica, Phantom Academia. No virtual, o projeto recebeu relatos e imagens pelo Instagram. As pessoas estavam livres para expressar da sua maneira, por meio de palavras, textos, fotos, objetos. Balaio de significações onde se depreende múltiplas reflexões: subjetivas, psicológicas, sociológicas, estéticas.
“Nós tivemos coisas muito pontuais e diferentes conforme a zona da cidade. Super interessantes: das crianças menores, temos coisas muito puras, a relatos de pessoas de mais velhas, com meia-hora de voz. Um processo investigador e instigador. As pessoas mergulham num estado de reflexão: o que me marca?. E a mostra transcende todas essas vozes, anônimas, sedentas para serem ouvidas, entendidas, compreendidas”, descreve Karem.
As três artistas, durante o processo de suas narrativas estéticas, tiveram uma sintonia epifânica, cada um dentro de seu mundo de criação, para fazer uma leitura sem influências: fatos, sentimento, emoções, ruínas, reconstruções, plenitude, miséria, completude, entre tantas, percepções e emoções, forma a tessitura magma de “O Antagonismo do Avesso”, com viés puramente coletivo.
“Relatos sensíveis, impactantes, que deixam profundamente marcas. Quando a poesia discorre sobre isso, fala do humano. A tragédia é humana, a beleza, da mesma forma. E tratar disso liricamente, é trazer outro significado, se conectar por estar passando por um trauma. A vida vai nos impactando e vamos escrevendo, colocando no papel, tipo uma psicografia”, enfatiza Daniela.
A performance de Fernanda é realizada durante as aberturas da mostra, como foi na Villa D’Arte, na estreia, sendo uma extensão artística e corporal do material compilado, onde gestos e movimentos compõem o espaço partilhado e conjugado do sensível. Ainda, vai ter mais duas performances, com previsão de temporada de 02 a 31 de outubro, na Fundação Casa das Artes, e de 03 a 28 de novembro, no Tubuna – Cultural Gastronômica.
“O valor operacional do projeto ‘Marcas’ envolve a projeção do sentimento frente aos impactos da vida. Ouso dizer que funda uma natureza própria, orgânica e metafórica, que expressa algo simples e necessário: ouvir o outro, verbalizar, escrever, se expressar. O trio nos entrega uma profunda reflexão, onde encontramos os sinais e fronteiras das interrelações, dos nós da vida, do papel urgente da arte no tempo atual na expressão humana”, destaca o Secretário de Cultura, Evandro Soares.
Fonte e foto: Assessoria de Comunicação Social – Prefeitura
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