29 de agosto marca o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Mesmo com avanços na prevenção, número de fumantes cresce nas capitais brasileiras, passando de 9,3% para 11,6%
Apesar dos avanços nas campanhas de conscientização, o cigarro e, agora também, o cigarro eletrônico continua presente na vida de milhões de brasileiros. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2024, o percentual de adultos fumantes nas capitais aumentou de 9,3% para 11,6%. Atenta à importância da informação para prevenir doenças e enfrentar o vício, a Unimed Serra Gaúcha reforça a mensagem do Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agosto.
O pneumologista cooperado da Unimed Serra Gaúcha, Dr. Dagoberto Vanoni de Godoy alerta que a dependência do cigarro está diretamente ligada ao poder viciante da nicotina, substância comparável, segundo ele, à heroína e à cocaína.
“A nicotina age rapidamente no cérebro, provocando sensação de prazer e alívio da ansiedade, gerando dependência física e psicológica. Muitos fumantes associam o ato de fumar a momentos de pausa, socialização ou controle do estresse. E é um equívoco pensar que fumar ‘de vez em quando’ não traz grandes danos”, explica.
Segundo o especialista, tanto o cigarro convencional quanto o eletrônico oferecem riscos graves à saúde. O tradicional contém mais de 4.700 substâncias tóxicas — entre elas, alcatrão e monóxido de carbono, associadas a doenças como câncer, infarto, AVC, enfisema pulmonar, irritações respiratórias e aumento da pressão arterial.
Já o cigarro eletrônico, apesar de não produzir fumaça, libera aerossóis com compostos químicos perigosos, como formaldeído, acroleína e metais pesados, capazes de causar lesões pulmonares agudas (como a EVALI), doenças cardiovasculares e até câncer. Nos adolescentes, a nicotina presente no vape pode prejudicar o desenvolvimento cerebral.
“O cigarro eletrônico cria uma falsa sensação de segurança e é muitas vezes encarado como alternativa para parar de fumar. Mas ele também provoca dependência e pode levar ao consumo do cigarro tradicional. Além disso, fatores culturais, influência de amigos e familiares e a imagem de rebeldia ainda alimentam o hábito. A nicotina, por ser socialmente aceita, mantém-se acessível mesmo com impostos e restrições”, ressalta Dr. Dagoberto.
Desafios para parar de fumar
De acordo com o médico, a dependência causada pelo cigarro eletrônico pode surgir até mais rapidamente do que no cigarro convencional devido às altas concentrações de nicotina. O tabagismo, no geral, é fator de risco para mais de 50 doenças, incluindo vários tipos de câncer, osteoporose, infertilidade, envelhecimento precoce da pele e complicações na gestação.
Mesmo quando algumas lesões são irreversíveis, como no caso do enfisema, o corpo começa a se recuperar logo nos primeiros meses sem fumar.
“O risco de câncer de pulmão cai significativamente após cinco anos sem fumar e se iguala ao de um não fumante em cerca de 20 anos. O tratamento precisa ser individualizado, com acompanhamento profissional, uso de medicamentos, reposição de nicotina, terapia cognitivo-comportamental e grupos de apoio”, orienta o pneumologista.
Para ele, o apoio da família e dos amigos é essencial, oferecendo incentivo e evitando críticas que possam desmotivar.
“Parar de fumar não é apenas uma questão de força de vontade. É um processo que exige acompanhamento, suporte e estratégias personalizadas. E quanto antes o hábito é abandonado, maiores as chances de preservar a saúde e ganhar qualidade de vida”, conclui.
Fonte: Assessoria de imprensa Unimed Serra Gaúcha | MCom Comunicação
Foto: Freepik, divulgação
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