Presidente da entidade, Ivonei Pioner, destacou o aumento no endividamento das pessoas jurídicas no Estado
Depois de estar engajada no auxílio de pessoas e dos negócios durante a crise climática de maio de 2024, a Federação Varejista do RS segue determinada a lutar para a plena recuperação da economia gaúcha. Nesta segunda, o presidente da entidade, Ivonei Pioner, participou da primeira reunião da Subcomissão de Acompanhamento da Retomada dos Negócios após a Enchente de 2024, na Assembleia Legislativa, em reunião liderada pelo deputado Rodrigo Lorenzoni. Também acompanhou a agenda a Diretora de Relações Institucionais e Governamentais, Clarice Strassburger.
Com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), Pioner enfatizou o aumento no endividamento das pessoas jurídicas (PJs) em todo o país, com destaque negativo para o Rio Grande do Sul. O Estado apresentou os dados mais preocupantes, com o aumento de 20,52% no número de empresas inadimplentes registrado entre junho de 2024 e junho deste ano. Para efeito comparativo, esse índice foi de 9,44% no país e de 14,02% na região Sul. “Isso é algo extremamente alarmante. Há muitos anos, o endividamento de pessoas jurídica e física era similar, mas desde a pandemia houve um deslocamento, mostrando um endividamento maior de CNPJs”, disse Pioner. Ele também reforçou os problemas com os programas de auxílio do governo, como o Pronampe. “As empresas permanecem inadimplentes porque não têm, também, condição de ter o crédito para fazer a retomada”.
Mas não foi apenas o número de empresas devedoras que aumentou. Também cresceu a quantidade de dívidas registradas. No Estado, esse índice subiu 21,34% no período, contra 10,05% no país e 14,78% da região Sul, no mesmo intervalo de tempo. Em comparação a maio, junho apresentou uma queda de 1,30% no número de devedores e de 0,80% no número de débitos. O número médio de pendências por PJ inadimplente foi de 1,83, ficando abaixo da média da Região Sul. Já entre junho de 2024 para o mesmo mês deste ano, houve aumento de 11,76% no número de pessoas inadimplentes. O total de dívidas subiu expressivamente, alcançando 20,21%. Levando em conta o mês anterior (maio/2025), junho apresentou retração de -4,79% no número de devedores e de -4,50% nas dívidas. Mesmo com a redução recente, cada consumidor negativado ainda acumula, em média, 2,24 dívidas – menor índice da Região Sul. “Essa retração é falta de movimento nas empresas, está faltando gente para comprar, porque existe um empobrecimento da população como um todo”, observa Pioner.
Além desse cenário desafiador, o dirigente destacou outros empecilhos para os negócios. Entre eles estão a competição com sites do exterior, tributações inadequadas e a própria tecnologia. “Temos que lembrar que nós estamos falando aqui dos pequenos negócios, e as dificuldades se somam. No Rio Grande do Sul afetado pelas enchentes como foram, essas dificuldades se multiplicam como dificuldade”, disse Pioner.
Representantes do Sebrae-RS, do Sistema Fecomércio, da Fiergs, entre outras, também participaram do encontro. A próxima reunião Subcomissão de Acompanhamento da Retomada dos Negócios após a Enchente de 2024 ocorrerá no dia 18 de agosto, na prefeitura de Alvorada.
Fonte: Exata Comunicação
Foto: Mariane Moura
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