O governo do Estado criou o Núcleo de Combate à Pedofilia e ao Abuso Infantojuvenil (NUCOPE), no âmbito do Instituto-Geral de Perícias (IGP). A ordem de serviço foi publicada no Diário Oficial na edição da quinta-feira (24/7). O NUCOPE, que possui a finalidade de reunir uma equipe multidisciplinar, envolvendo informática forense, genética forense e perícias psíquicas, surge como um importante aliado das forças de segurança pública no combate aos casos de pedofilia e abuso infantojuvenil.
Respostas mais rápidas
O aumento preocupante dos registros de crimes desta natureza ensejou a criação do novo núcleo, que terá atuação voltada a operações e locais de crime relacionados a agressões e abusos contra crianças e adolescentes
“A criação do NUCOPE representa um avanço estratégico para o Instituto-Geral de Perícias e para toda a segurança pública do Rio Grande do Sul. A partir desta união de esforços multidisciplinares, estamos fortalecendo nossa capacidade técnica para enfrentar esses crimes tão graves, e que estão cada vez mais sofisticados, garantindo à sociedade uma resposta mais ágil, moderna e eficaz contra ameaças que afetam nossas crianças e adolescentes”, destacou o diretor-geral do IGP, Paulo da Cruz Barragan.
Ações de acolhimento
A partir da criação do NUCOPE, o IGP pretende ampliar a sua atuação também em ações e projetos que tenham como objetivo a conscientização dos familiares e a prevenção de novos casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes.
De acordo com o perito criminal e coordenador do NUCOPE, Marcelo Nadler, o núcleo deverá permitir ao IGP a coleta de um maior número de vestígios nos locais de crime, devido à integração entre as áreas periciais. Além disso, o trabalho multisetorial vai proporcionar um melhor trabalho de acolhimento e encaminhamento das vítimas.
“O NUCOPE vai proporcionar ao IGP uma maior união entre as áreas periciais envolvidas nos casos de crimes contra crianças e adolescentes. Desta forma, a tendência é que possamos oferecer um melhor resultado para a sociedade, a partir do conhecimento técnico que cada setor pode oferecer”, salientou Nadler.
A integração de áreas periciais
A informática forense é a ferramenta por meio da qual o IGP consegue fornecer às autoridades provas digitais dos delitos cibernéticos – como arquivos, mensagens e registros de atividade online. Os profissionais que atuam nesta área trabalham diretamente na identificação dos criminosos e no rastreamento de suas ações, colaborando com as investigações e constatando a materialidade dos crimes.
Em casos de crimes como o armazenamento de mídias de abuso sexual infantojuvenil, por exemplo, para que uma prisão em flagrante ocorra é necessário que essa materialidade seja configurada ainda no local onde o mandado é realizado, e por isso o trabalho do perito neste momento é tão determinante.
Com o apoio de ferramentas tecnológicas avançadas, esses profissionais são capazes de cruzar dados e realizar análises que aceleram o processo investigativo, contribuindo desta forma com a criação de um ambiente digital mais seguro.

Qualificação das análises genéticas
A perícia laboratorial de genética forense, por sua vez, atua especialmente em casos de abuso sexual, oferecendo exames que podem estabelecer a identidade dos agressores e outras informações cruciais para elucidar o crime – como a presença de vestígios em vestes, veículos ou nos locais onde ocorreram práticas delituosas.
Quando somado à atuação da informática, o trabalho realizado no laboratório pode montar um escopo de provas ainda mais robusto, o que contribui diretamente com o trabalho realizado pelas demais forças de segurança e da Justiça, auxiliando no combate à criminalidade e na prevenção de novas ocorrências.
Suporte psíquico
Outra parte integrante do NUCOPE é a perícia psíquica, que se apresenta de forma fundamental no acolhimento das vítimas e na avaliação dos danos psicológicos provenientes do abuso. Por meio de técnicas consolidadas e que respeitam a complexidade de cada caso, os profissionais dessa área podem extrair elementos importantes do abuso a partir da memória e da avaliação do funcionamento mental da criança ou adolescente.
Os psiquiatras e psicólogos do IGP são capazes de avaliar os impactos psíquicos vividos pelas vítimas, analisando seu nexo causal com as circunstâncias que estão sendo investigadas. Desta forma, é possível oferecer ainda mais provas para a autoridade policial, além de permitir melhores estratégias de apoio e recuperação para as vítimas.
Responsabilização
O objetivo do IGP é oferecer uma resposta cada vez mais articulada e especializada no combate a esses crimes tão graves, integrando diversas áreas da perícia criminal. Por meio da união entre todas essas especialidades periciais, o NUCOPE simboliza um passo importante na proteção das crianças e adolescentes, bem como na devida responsabilização dos criminosos.
Texto: Leonardo Ambrosio/Ascom IGP
Edição: Anderson Machado/Secom
Foto: Leonardo Ambrosio/Ascom IGP
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