Jovens da Aprendizagem Industrial criam kits portáteis de
painéis elétricos, ampliando o alcance do ensino técnico na região
Uma turma de jovens da modalidade de Aprendizagem de Nível Básico em Eletricista Industrial, do
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Bento Gonçalves, concluiu no mês de julho a construção de oito painéis elétricos didáticos. O projeto, no qual os alunos participaram de todas as etapas, resultou em laboratórios elétricos móveis que poderão levar conhecimento a outras cidades e empresas da região.
A iniciativa nasceu de uma necessidade prática: muitas localidades não possuem a estrutura de um laboratório completo de elétrica. “A gente pensou ‘por que não podemos adaptar toda essa estrutura em um kit portátil?’”, explica o gerente de operações do Senai de Bento Gonçalves, Ricardo dal Piva. “A ideia foi criar uma solução completa e portátil, como uma maleta, que pudesse ser usada em cursos de qualificação em outras cidades ou até mesmo dentro das indústrias na modalidade in company”, detalha.
Para os alunos, a oportunidade de participar de todas as etapas do projeto, desde o planejamento até os testes finais, foi uma experiência transformadora. “Quando a ideia surgiu, todo mundo se animou.
Construir algo assim é muito legal, porque você aprende muito mais”, conta Felipe Piva, de 17 anos, que concluiu o curso no início do mês de julho. “Saber que isso vai ser utilizado no ensino de outras pessoas é muito gratificante. Montar o painel abre os nossos olhos para como as coisas realmente funcionam”, afirma.
Os painéis são compostos por componentes como controladores lógicos programáveis (CLPs), dispositivos eletrônicos digitais usados na automação industrial para controlar e monitorar máquinas e processos, disjuntores, sensores e muitos outros. Eles simulam o funcionamento de um painel de controle industrial completo, permitindo o aprendizado desde o básico de comandos elétricos até a programação de sistemas automatizados. O projeto piloto para o uso dos painéis será realizado no município de Flores da Cunha.
Para Ricardo dal Piva, o maior legado do projeto é o orgulho e a demonstração da capacidade dos jovens. “É muito bacana ver essa gurizada, que entra aqui sem saber o que é um fio ou um alicate, e chega ao final construindo um kit completo desses. Eles se sentem os melhores, e nós, como equipe, ficamos orgulhosos do resultado que eles alcançaram. É a prova do poder da educação profissional”, conclui.
Fonte: Gerência de Comunicação do Sistema FIERGS
Foto: Divulgação
Edital de Cultura tem inscrições prorrogadas até 11 de agosto em Bento
Sicoob é destaque na inclusão de pessoas com deficiência, segundo pesquisa Integridade ESG
Diocese de Caxias do Sul sedia o XI Seminário Nacional do movimento de Emaús