Em junho de junho de 2024, começava a funcionar no Complexo de Saúde, no bairro Botafogo, o Centro de Referência de Atendimento Infantojuvenil, sendo o sexto a ser operacionalizado no Estado do Rio Grande do Sul, com o objetivo de acolher e atender integralmente, de forma humanizada, crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de todos os tipos de violências.
O equipamento conta com uma equipe multidisciplinar das áreas da psicologia, serviço social e clinica médica, além do trabalho integrado com a Polícia Civil e Instituto Geral de Perícias. Além de trabalhar com a não revitimização da criança/adolescente, oferece um espaço de acolhimento e suporte para a superação das situações de violência.
Os atendimentos no CRAI ocorrem por meio do agendamento via Conselho Tutelar, correspondendo a 95% do fluxo, ao mesmo tempo que acontece a atuação dos órgãos de segurança. Os outros 5% ocorrem por livre demanda e de casos agudos e emergenciais. Neste primeiro ano de trabalho, houve um aumento das notificações e o panorama de nosso município evidência a violência física, com o maior número de casos. Também são relatadas suspeitas de violência sexual, psicológica, negligência, autoprovocada, bullying e cyberbullying.
Os profissionais do Centro de Referência, depois do atendimento, geram um relatório integral de cada caso, avaliando o contexto das violências, a dinâmica familiar, as questões de vulnerabilidade e o livre relato da criança/adolescente, entre outros aspectos.
A coordenadora do CRAI, Graciele Nondillo, destaca que o trabalho todo é embasado na legislação vigente, tanto a nível federal, como estadual e municipal. “A comunidade deve confiar no trabalho da rede, quando o assunto é o enfrentamento das violências contra crianças e adolescentes, pois temos profissionais comprometidos e atuando 24h por dia. O CRAI somou com os esforços da rede, qualificando o entendimento dos casos e possibilitando ajustes e reflexões sobre as responsabilidades de cada um”.
Ainda, Graciele fala sobre a necessidade do rompimento da cultura da violência. “Nossa luta é enfatizar, através da ciência, as consequências da violência no desenvolvimento infantil e que a sociedade precisa compreender que existem possibilidades de uma educação positiva sem a violência. Que o discurso do passado e muitas vezes do senso comum que diz ‘Na nossa época a gente apanhava muito e não acontecia nada’ precisa ser superado e reeditado. As crianças e os adolescentes que vivenciam ambientes violentos têm sim inúmeros sintomas a superar, tornando-se por vezes adultos com dificuldades em vários aspectos da vida diária”, disse.
Dom José Gislon – “Cuidar de si, do próximo e da casa comum”
Diocese de Caxias do Sul estréia série de vídeos com reflexões dominicais com os candidatos da Escola Diaconal São Filipe
Policiais descobrem laboratório de falsificação de bebidas no DF