Com investimento previsto de R$ 903 milhões, iniciativa pretende alcançar até 150 mil unidades produtivas em 495 municípios
A Assembleia Legislativa aprovou, nesta terça-feira (6/5), o Projeto de Lei 109/2025, que cria o Programa de Recuperação Socioprodutiva, Ambiental e de Resiliência Climática da Agricultura Familiar Gaúcha. Os 47 deputados presentes em plenário votaram favoravelmente. Trata-se do maior programa de recuperação de solos já proposto pelo Estado, com ações difusionistas de práticas sustentáveis de produção, posicionando a agricultura familiar como eixo estratégico na reconstrução do RS.
Com investimento previsto de R$ 903 milhões, a iniciativa vai beneficiar diretamente 15 mil famílias e alcançar até 150 mil unidades produtivas em 495 municípios. O programa integra o Plano Rio Grande, que é coordenado pelo governador Eduardo Leite como um programa de Estado, cujo objetivo é reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte, resiliente e preparado para o futuro.
“Esse projeto é um marco, pois não há precedentes para um programa essencialmente baseado em técnicas de manejo e conservação do solo na história do Rio Grande do Sul. Acreditamos que ele inaugura um novo ciclo para o produtor familiar, com base na técnica, na sustentabilidade e na preparação diante das adversidades climáticas”, afirmou o titular da secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Vilson Covatti.
O Programa de Recuperação Socioprodutiva, Ambiental e de Resiliência Climática da Agricultura Familiar Gaúcha visa implementar planos individualizados de recuperação socioprodutiva e ambiental das propriedades rurais, prestar assistência técnica na implementação dos planos de recuperação; realizar a difusão tecnológica das práticas implantadas nas propriedades rurais e estruturar patrulhas agrícolas mecanizadas.
O financiamento será realizado por meio do Fundo de Reconstrução do Rio Grande do Sul (Funrigs), com aplicação monitorada para garantir impacto social, ambiental e produtivo. Podem participar do programa os agricultores familiares de acordo com a Lei da Agricultura Familiar (Lei Federal 11.326/2006) e pecuaristas familiares de acordo com a Lei da Pecuária Familiar (Lei Estadual 13.515/2010).
O programa segue os protocolos do Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, com vistas ao Desenvolvimento Sustentável (Plano ABC+), que tem como objetivo geral promover a adaptação às mudanças do clima e o controle das emissões de gases de efeito estufa na agropecuária gaúcha.
Quatro eixos para transformar o campo
- Eixo 1 – Transferência Direta de Recursos: Repasses de até R$ 30 mil por propriedade, via Cartão Cidadão Banrisul, para a implementação de ações produtivas, sociais e ambientais, com acompanhamento técnico especializado.
- Eixo 2 – Assistência Técnica e Extensão Rural: Diagnósticos individualizados e orientação contínua com foco em práticas sustentáveis, como plantio direto, rotação de culturas e uso de adubação verde. A execução será realizada pela Emater-RS/Ascar.
- Eixo 3 – Patrulhas Agrícolas Mecanizadas: Aquisição e doação de tratores e equipamentos a municípios e associações de produtores, priorizando ações de conservação do solo e recuperação produtiva.
- Eixo 4 – Governança e Parcerias Institucionais: Gestão integrada com participação de diversas secretarias, universidades, centros de pesquisa, entidades do terceiro setor e o sistema Emater-RS/Ascar, assegurando articulação, inovação e transparência.
Inscrições
A partir da aprovação do projeto e da sanção pelo governador Eduardo Leite, será divulgado o período de abertura de inscrições, que serão realizadas nos escritórios municipais da Emater-RS/Ascar.
Encerradas as inscrições, os escritórios municipais da Emater-RS/Ascar, junto com os conselhos municipais de Agricultura ou equivalentes, selecionará os beneficiários segundo critérios de enquadramento e de priorização.
Uma emenda, de autoria do deputado Frederico Antunes, líder do governo na Assembleia, foi aprovada pelo plenário. Entre outras proposições, determina que a relação dos beneficiários, dos valores repassados e dos bens doados deverá ser informada em sítio eletrônico da secretaria responsável pela política de desenvolvimento rural e no sítio eletrônico do Funrigs, quando se tratar de recursos oriundos dele.
Texto: Guilherme Granez/Ascom SDR
Edição: Rodrigo Toledo França/Secom
Foto: Celso Bender – ALRS
Fonte: Governo RS
No CIC-BG, secretário Ernani Polo detalha ações para desenvolvimento socioeconômico do Estado
Monte Belo do Sul recebe comunidade regional em lançamento de sinalização da Rota dos Capitéis
POLÍCIA CIVIL PRENDE SUSPEITOS DE PARTICIPAÇÃO EM HOMICÍDIO, EM SERAFINA CORRÊA