Sessão de instalação aconteceu no dia 15 de abril, no Centro Diocesano de Formação Pastoral, presidida pelo bispo diocesano, Dom José Gislon; a medida é uma resposta à Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio Vos Estis Lux Mundi do Papa Francisco
Na noite da terça-feira, 15 de abril, a Diocese de Caxias do Sul realizou a sessão de instalação oficial da Comissão Diocesana de Tutela dos Menores e das Pessoas Vulneráveis. A atividade aconteceu no Centro Diocesano de Formação Pastoral. O bispo diocesano, Dom José Gislon, reunido com os membros, promulgou o Decreto de criação e entregou a nomeação a cada integrante. Após a oração do Creio, todos fizeram seu juramento, com a mão sobre o Livro dos Evangelhos.
A criação da Comissão Diocesana de Tutela dos Menores e das Pessoas Vulneráveis é uma resposta à Carta Apostólica do Papa Francisco sob forma de Motu Proprio Vos Estis Lux Mundi (Vós Sois a Luz do Mundo), de 25 de março de 2023. O documento pontua que “os crimes de abuso sexual ofendem Nosso Senhor, causam danos físicos, psicológicos e espirituais às vítimas e lesam a comunidade dos fiéis”.
Desta forma, para que tais fenômenos não aconteçam mais, o documento segue, “é necessária uma conversão contínua e profunda dos corações, atestada por ações concretas e eficazes que envolvam a todos na Igreja, de modo que a santidade pessoal e o empenho moral possam concorrer para fomentar a plena credibilidade do anúncio evangélico e a eficácia da missão da Igreja”.
O grupo multidisciplinar é composto por 11 membros, dentre os quais especialistas em Direito Canônico, advogados, juízes, promotores de justiça, assistentes sociais, delegados de polícia e médicos. O coordenador é o vigário paroquial da Catedral, padre Tiago Camozzato, que é canonista e já atua na Câmara Eclesiástica de Caxias do Sul. Abaixo segue a nominata dos membros:
1. Rev.mo Pe. Leonardo Inácio Pereira, Vigário Geral da Diocese de Caxias do Sul;
2. Rev.mo Pe. Tiago Camozzato, Presbítero da Diocese de Caxias do Sul e Canonista, Coordenador da Comissão;
3. Dra. Jerusa Zanandrea Formolo Slomp, Advogada, secretária da Comissão;
4. Dra. Ana Maria Franchi Pincolini, Psicóloga e Presidente do Conselho dos Direitos da criança e do adolescente;
5. Dra. Deise Salton Brancher Ruschel, Delegada da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher;
6. Ilma. Sra. Rejane Gattelli de Brito Polidoro, Assistente Social;
7. Dr. Silvio Viezzer, Juiz de Direito;
8. Dr. Luiz Carlos Pra, Promotor de Justiça;
9. Dr. Ricardo Ferreira Trindade, Advogado;
10. Dr. João Paulo Brenner Filho, Médico Psiquiatra;
11. Dr. Nelson Lima, Médico Clínico
Assim, o objetivo é facilitar o acesso para que as pessoas possam denunciar possíveis abusos sexuais cometidos por clérigos, membros de Institutos de Vida Consagrada ou de Sociedades de Vida Apostólica, no território diocesano. Ao mesmo tempo, a Comissão quer assegurar que as informações recebidas sejam convenientemente averiguadas e que sejam tomadas as medidas necessárias.
Antes de tudo, porém, a função da Comissão é trabalhar de forma preventiva buscando orientar e cuidar dos vulneráveis, conforme explica o coordenador, padre Tiago Camozzato. “A Comissão de Tutela tem a primeira missão de cultivar uma cultura de prevenção na nossa Diocese. Esses abusos ofendem a Nosso Senhor e também lesam a credibilidade do povo de Deus das nossas comunidades. Por isso, esta é a primeira missão desta Comissão: formar, cultivar uma cultura de prevenção e, certamente, ir ao encontro das vítimas, dando assistência psicológica e espiritual.
Durante a sessão de instalação, Dom José Gislon agradeceu a todos os membros pela disponibilidade em participar deste projeto de cuidado para com as crianças, adolescentes e pessoas vulneráveis. “Para a nossa Diocese é um passo importante, porque é uma Comissão que envolve sacerdotes, leigos, leigas do mundo da justiça, da assistência social, da psiquiatria, porque queremos juntos dar uma resposta também à sociedade diante dos eventuais abusos que podem acontecer também na nossa realidade e no âmbito da nossa Diocese”.
Dom José reafirmou a posição do Papa Francisco, que fez sua páscoa em 21 de abril, salientando a importância de dar os devidos encaminhamentos às denúncias. “Eu creio que a Igreja deve ser um lugar que protege a vida, porque é um lugar onde as pessoas vão para colocar a vida diante de Deus, então não é um lugar onde a vida deve ser ferida justamente por aqueles que deveriam proteger a vida. Eu creio que é muito importante termos essa consciência, de que trabalhando juntos podemos ter a Igreja como um espaço mais seguro para todos, para os adultos, para os jovens, também para as crianças e as pessoas vulneráveis. Essa Comissão tem um grande papel de ser a tutora também da segurança e dessa proposta da Igreja”.
As denúncias podem ser encaminhadas, neste momento, a partir dos quatro meios abaixo. Nos próximos dias, no site www.diocesedecaxias.org.br, uma aba também estará à disposição para receber as denúncias:
a) de modo presencial, sempre no expediente matinal, no seguinte endereço Rua Os 18 do Forte, 1771, Centro. As denúncias presenciais devem ser agendadas previamente pelo e-mail tutela@diocesedecaxias.org.br. As denúncias presenciais serão acolhidas sempre por duas pessoas ligadas à Comissão.
b) pelo e-mail tutela@diocesedecaxias.org.br.
c) por carta registrada, enviada para. COMISSÃO DE TUTELA, Rua Os 18 do Forte, 1771, Centro, CEP 95020-472, Caxias do Sul – RS.
d) pelo telefone/WhatsApp: (54) 9 9699-0165.
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