Reunião do grupo gestor com o Deputado Estadual Guilherme Pasin (PP), na segunda-feira (17), teve como objetivo traçar estratégias para institucionalizar o roteiro e torna-lo de interesse público a nível estadual
Cada vez mais próxima de iniciar sua operacionalização de forma regional, a Rota dos Capitéis tem dado importantes passos para que o projeto de integrar seus 10 municípios participantes saia do papel. Alicerçada no turismo cultural, por meio da valorização do patrimônio arquitetônico e religioso deixado pela imigração italiana na região, a rota avançou no propósito de ter seu efetivo começo ainda no primeiro semestre de 2025.
Na segunda-feira, dia 17, o grupo gestor reuniu-se com o Deputado Estadual Guilherme Pasin (PP) no Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves – entidade que capitaneia o projeto. No encontro, foi apresentada a proposta de institucionalizar a Rota dos Capitéis a nível estadual, como forma de facilitar a captação de recursos e fortalecer a promoção do produto turístico.
“O projeto está andando a passos largos, e isso é muito importante para a sua consolidação. A nossa ideia, agora, é reconhece-lo como de interesse estadual, por meio de um Projeto de Lei (PL) de minha autoria junto à Assembleia Legislativa. Isso certamente contribuirá para que se busquem mais recursos e que o Governo do Estado enxergue ainda mais a importância da rota para o fortalecimento do turismo gaúcho”, reforçou o parlamentar durante o encontro. “É preciso destacar, ainda, que isso não significa que o Governo do Estado será detentor do projeto. Pelo contrário, é um incentivo a mais para que se siga com a governança local e regional, mas com o acréscimo de apoio que o Estado pode oferecer”, complementou. A tramitação do PL no parlamento gaúcho deve ocorrer em breve, com vistas ao lançamento oficial da rota regional previsto para o mês de maio desse ano.
Outro ponto destacado na reunião foi a necessidade da criação de uma entidade ou associação que coordene a governança do projeto, a fim de garantir uma participação ainda mais isonômica no processo de gestão entre os 10 municípios envolvidos e as entidades parceiras, como o CIC-BG e o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Serra Gaúcha (CISGA). “Um projeto dessa magnitude nos exige esse movimento para garantir sua sustentabilidade a longo prazo, sem depender de questões que envolvam processos naturais como as trocas de gestões municipais, pois é um movimento de promoção e desenvolvimento regional e deve ser tratado como tal”, destacou Marijane Paese, presidente do Conselho Superior do CIC-BG.
Com sua concepção integrada à agenda das comemorações dos 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul, o roteiro regional totaliza 330 quilômetros, passando pela sede de cada uma das cidades – Bento Gonçalves, Boa Vista do Sul, Carlos Barbosa, Coronel Pilar, Farroupilha, Garibaldi, Imigrante, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira e Santa Tereza. Há, também, 33 rotas circulares, que somam 866 quilômetros. Ao todo, são 468 construções religiosas (252 capitéis, 175 capelas, 23 grutas, 16 igrejas e duas ermidas) mapeadas e que receberão sinalização indicativa de pertencimento ao roteiro, com painel cultural trazendo informações sobre o local. O percurso poderá ser feito pelos visitantes por meio de veículos motorizados, por ciclovia ou caminhada. Os caminhos estão sendo desenvolvidos segundo normas ABNT/ISO, por meio da empresa NOMAS. O roteiro deve contar, ainda, com 16 estações de apoio localizadas entre os municípios – voltadas para hidratação, informações técnicas e do município em questão, bicicletário e totem de manutenção para bikes.
A ‘Rota dos Capitéis – Caminhos da Imigração e da Fé’ é capitaneada pelo CIC-BG, de forma conjunta com os dez municípios envolvidos, e tem o patrocínio de Banrisul, Rio Grande Seguros e Previdência, Deputado Estadual Guilherme Pasin e Sicredi. O projeto também tem o apoio do Sebrae e do CISGA.
Fonte: Exata Comunicação
Foto: Exata Comunicação | Alessandro Manzoni
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