Parceria entre curso de Arquitetura e Urbanismo da UCS e o Museu do Imigrante levou à ampliação do inventário histórico do distrito
Resultado de um projeto realizado a partir de uma parceria entre a Universidade de Caxias do Sul, por meio do curso de Arquitetura e Urbanismo, e o Museu do Imigrante, em Bento Gonçalves, uma mostra sobre os bens patrimoniais do distrito de Faria Lemos pode ser conferida até o dia 31 de janeiro, na sede do museu.
Entre os meses de outubro e novembro, o projeto de educação patrimonial “Oficina para as Sensibilidades – Práticas arquitetônicas e saberes comunitários na preservação de bens culturais edificados” fomentou a atualização do inventário patrimonial do distrito de Bento Gonçalves. O processo envolveu estudos técnicos na área do desenho, normas e regras de preservação para o resguardo de características arquitetônicas e históricas estruturantes nas culturas dos povos.
A região começou a ser colonizada em 1877, e a maioria das edificações de Faria Lemos tem características arquitetônicas da imigração italiana no Rio Grande do Sul, desde o final do século XIX até aproximadamente 1960, conforme contextualiza a arquiteta e urbanista do Museu do Imigrante, Cristiane Bertocco, sobre o panorama arquitetônico. A museóloga do Museu do Imigrante, Deise Formolo, valorizou a dedicação à preservação histórica em conjunto com a comunidade. “A pesquisa vai ser concentrada na Faria Lemos sede, com foco, também, na preservação da paisagem, e isso integra a questão do patrimônio imaterial de como se realiza, por exemplo, a cultura das videiras”.
A exposição, intitulada “Faria Lemos – Educação Patrimonial”, apresenta o processo do levantamento de informações para o inventário de bens materiais, além de fotos, históricos e descrições que resultam da atualização promovida. As atividades contaram com a realização de oficinas e o envolvimento de professores, arquitetos, historiadores, acadêmicos e da própria comunidade local.
A professora da UCS Pauline Fonini Felin, arquiteta e urbanista, que integrou a coordenação da ação, destaca que os projetos de extensão visam estreitar laços entre a universidade e a comunidade. “Parcerias entre conselhos e escolas de arquitetura, bem como museus, como no nosso caso, podem vir a contribuir para decisões claras e pertinentes atreladas ao planejamento das cidades”, acredita, destacando a importância das reflexões promovidas para fortalecer a identificação e a valorização da memória. “Sensibilizar a comunidade através de uma abordagem acessível, sob a ótica da preservação, é olhar para o futuro de cidades plurais e resilientes”, conclui.
A iniciativa foi contemplada pelo Edital de Educação Patrimonial do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CAU-RS) e executada pela UCS, pelo Museu do Imigrante, pela Associação Amigos do Museu do Imigrante e pela Associação de Faria Lemos.
Fonte: ACOM|Assessoria de Comunicação
Fotos: Deise Formolo
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