Em encontro que aconteceu nesta quinta-feira (24) foram apresentadas as etapas e o funcionamento do projeto, que deve ter duração de pouco mais de um ano
Bento Gonçalves foi um dos 10 municípios brasileiros a ser contemplado com o projeto para implementação do Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR). O trabalho será realizado por etapas, visando fazer o mapeamento de áreas urbanas e rurais que possam representar riscos médio, alto ou muito alto de deslizamento ou que possam estar suscetíveis à inundações.
Com base nisso, nesta quinta-feira (24), aconteceu uma reunião para tratar sobre os planos de trabalho com pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e representantes da Secretaria Nacional de Periferias (SNP), do Ministério das Cidades (Mcid). O encontro aconteceu no auditório do Complexo Administrativo e contou também com a presença do secretário de Segurança Paulo César de Carvalho e do secretário de Governo Márcio Possamai.
Ainda nesta quinta-feira acontece mais uma reunião, desta vez a ser realizada com representantes da comunidade. No encontro desta manhã, o geólogo Lucas Barbosa, responsável pelo Núcleo de Riscos Geológicos da Prefeitura de Bento Gonçalves apresentou inicialmente um panorama da situação no Município. Nas ocorrências de maio, foram registrados 284 deslizamentos. Somente na primeira semana de maio foram 600 mm de cuva. Além de 84 bloqueios de estradas municipais, estaduais e federais. 1052 pessoas foram resgatadas e 14 óbitos, sendo 04 ainda desaparecidas.
Em sua apresentação acerca dos trabalhos que serão realizados no município, a Assessora da Coordenação Geral de Planos do Ministério das Cidades, Daniela Buose Rohlfs, explicou que “os planos são um instrumento para fazer uma leitura do território, entender onde temos os maiores riscos de desastres, tanto geológicos, quanto hidrológicos, para que a gente consiga fazer as próximas etapas que são as ações estruturais, tanto de contenção de encostas e soluções baseadas da natureza, para ter mais infiltração da água, quando necessário.
A partir da leitura do território, vamos capacitar o município para que a gente tenha esse trabalho de prevenção e redução de risco”. O chefe de divisão de geologia aplicada Tiago Antonelli, que irá acompanhar o trabalho realizando o mapeamento das áreas, explicou que “nós vamos cartografar as casas que se encontram em alguma situação de risco de deslizamento, enchente ou inundação. Nessas áreas mais críticas, vamos propor obras de intervenção. A ideia é dar ao município a ciência dos locais mais críticos, informar a população e fornecer subsídio ao Governo Federal, para que forneça recursos para mitigar e fazer obras de contenção, quando necessário. Será etapa por etapa, e com a expectativa de finalizar todo o trabalho até o final do próximo ano”, projeta.
Para o Secretário de Governo é “um trabalho muito importante que se agrega ao que já é executado desde os deslizamentos de maio. Esse trabalho traz téncios de fora, juntamento com o esforço de toda nossa administração. Um trabalho que será ampliado para a zona urbana. No fim teremos um documento que será um auxílio para ações concretas de curto e longo prazo para mitigar novos desastres. Sendo mais uma ferramenta de prevenção e auxílio à população”, disse.
Também integram o trabalho profissionais da Defesa Civil, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano, Secretaria de Esportes e Desenvolvimento Social e Secretaria do Meio Ambiente.
Nesta sexta-feira (25), as equipes irão visitar escolas visando dialogar com estudantes e professores sobre a importância do PMRR. A partir da próxima segunda-feira (28), inicia o trabalho a campo, com visitas a ruas e casas que possam estar em situação de risco.
Assessoria de Comunicação Social Prefeitura
Foto: Rodrigo De Marco
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