Santa Maria sediou nesta terça-feira (15/10) mais uma edição do Seminário de Irrigação promovido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema). Mais de 100 produtores rurais de municípios da região central participaram do evento, que divulgou o Programa de Subvenção de Irrigação e Reservação de Água, dentro das ações do Supera Estiagem e no Plano Rio Grande para o desenvolvimento do Estado.
Durante a apresentação do programa, o secretário da Agricultura, Clair Kuhn, destacou que o Rio Grande do Sul vem enfrentando severas estiagens ao longo dos anos e que trazem impactos significativos na produção das safras, além de impactos econômicos. “Para fomentar a produtividade e mitigar os efeitos dos eventos climáticos, o governo do Estado tem investido em irrigação com a meta de ampliar, em quatro anos, a área irrigada do Rio Grande do Sul em mais 100 mil hectares”, afirma.
Para isso, a Seapi está com o programa de irrigação em andamento que paga 20% do valor do projeto de irrigação, limitado a R$ 100 mil por produtor rural, para quem implantar sistemas de irrigação e de reservação de água nas propriedades rurais. O recurso é pago diretamente ao produtor rural, em parcela única, após a execução do projeto.
Os agricultores têm prazo até o dia 30 de abril de 2025 para encaminharem os projetos técnicos e a documentação. De março até o início de outubro foram recebidos 269 projetos, sendo 130 já com Declaração de Enquadramento emitida. Os demais projetos seguem em análise da área técnica. Os projetos já aprovados representam o montante de R$ 53,5 milhões e R$ 6,6 milhões que serão pagos por meio de subvenção ao produtor. Ao todo, o governo do Estado deve investir mais de R$ 200 milhões em quatro anos.
O diretor técnico da Emater, Claudinei Baldissera, salientou a parceria construída para o sucesso do projeto, sendo que a entidade oferece projetos de irrigação gratuitamente para pequenos produtores. Outro ponto importante é a parceria com a Sema que, sem tirar o foco da preservação, conseguiu modernizar as exigências de licenciamento ambiental.
As alterações incluem a adesão da licença única para empreendimentos de mínimo e pequeno porte, e processo bifásico para os de médio e grande porte.
Conforme o chefe do Departamento Agrossilvipastoril da Fundação Especial de Proteção Ambiental (Fepam), Cristiano Horbach Prass, outra inovação foi a eliminação da necessidade de licença para equipamentos, exigindo apenas a outorga do uso da água. “A expansão da atividade de irrigação está inclusa no Mapa Estratégico do Rio Grande do Sul como sendo uma das formas de adaptação climática na agricultura”, salientou Prass.
Histórias de sucesso
Um dos destaques do evento ficou por conta da apresentação de cases de sucesso na irrigação, relatados por produtores dos municípios de Jaguari, Santiago e Pinhal Grande. O produtor Ismael Maia apresentou os resultados obtidos em uma propriedade de 24 hectares (ha), que foram divididos em 2,8 ha de água, 1,2 ha de instrumentos e 20 ha de área irrigada.
Essa área foi uma herança do meu pai que, antes da irrigação, conseguia colocar ali cerca de 20 animais. Após a irrigação consigo colocar entre 450 e 500 novilhas de engorda nessa área, com uma parcela mensal irrisória de financiamento perto do que hoje conseguimos retirar de rendimento”, conta Maia. “A irrigação é como um seguro totalmente garantido, pois mesmo que chova 90% do necessário, aqueles 10% que faltam podem fazer a diferença e é aí que a irrigação é decisiva”.
Texto: Ana Lúcia Miranda/Seapi
Foto: Cassiane Osório/Seapi
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