As tradicionais missas celebradas pelo Pe. Ezequiel Dal Pozzo em Caxias do Sul prometem atrair ainda mais fieis nesta semana. Vem aí Denis Bourgerie, o francês que trouxe a devoção a Nossa Senhora Desatadora dos Nós ao Brasil. Aos 70 anos, o leigo que fundou o Santuário Nacional da Desatadora em Campinas (SP) dará seu testemunho e contará sua história nas celebrações de terça-feira, às 20h, na paróquia Santo Antônio do bairro Cinquentenário e na quarta-feira, às 19h30min, na paróquia Sagrado Coração de Jesus do bairro Cruzeiro.
Ex-piloto de avião, Denis Bourgerie mora no Brasil há mais de 30 anos com a mulher, a médica Suzel Frem Bourgerie. O casal conheceu a devoção à Desatadora dos Nós na Argentina. Encantados pela imagem de Maria como aquela que desata os nós do pecado e do mal, trouxeram uma imagem da santa para Campinas, onde construíram um santuário especialmente dedicado a ela, em 1991. A partir de então, a devoção se espalhou pelo país.
O Pe. Ezequiel Dal Pozzo conheceu a devoção em Florianópolis (SC) e a trouxe para Caxias do Sul, onde desde 2014 celebra missas semanais com novenas a Desatadora dos Nós, que incluem ainda benção do Santíssimo e músicas cantadas pelo padre. São cerca de 1.200 pessoas por celebração, vindas também de cidades vizinhas como Farroupilha, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa e Garibaldi.
A novena da Desatadora dos Nós já se estendeu também à paróquia São José, com o padre Jadir Dagnese, e tem reunido centenas de fieis. A forma como a novena é conduzida chama a atenção. Durante as missas, cada pessoa ganha um cordão com nove nós, representando os problemas e os sofrimentos que amarram fiel. Cada missa frequentada é um nó desfeito. Quando todos os nós estiverem desamarrados, os cordões são queimados, simbolizando a libertação dos males a partir da oração com intercessão da santa junto a Jesus Cristo.
O Papa Francisco também é devoto de Nossa Senhora Desatadora dos Nós. Em seu gabinete no Vaticano, o líder mundial da Igreja Católica possui um quadro da santa, que já apareceu em diversas fotos na imprensa. O Papa conheceu a devoção na década de 80, na Alemanha, e a levou para Buenos Aires, na Argentina, quando ainda era bispo de Buenos Aires e cardeal.
Saiba mais:
A devoção à Nossa Senhora Desatadora dos Nós surgiu em 1700, na cidade de Ausburgo, na Alemanha. Um pintor desconhecido pintou a Virgem Maria inspirado na meditação feita por São Irineu, bispo de Lyon e mártir no ano 202, que, à luz do paralelismo escrito por São Paulo sobre Adão-Cristo, criou a imagem de Eva-Maria, dizendo: “Eva, por sua desobediência, atou o nó da desgraça para o gênero humano; ao contrário, Maria, por sua obediência, o desatou!” Este quadro foi então colocado na pequena igreja de São Peter am Perlack, em Ausburgo, e ali está até hoje nesta igreja que é cuidada pelos jesuítas locais. Ali foi onde tudo começou, fonte desta fé. Não se trata de uma aparição da Virgem Maria a alguém, como aconteceu em Lourdes, ou em Fátima. É uma devoção como tantas outras existentes na Igreja Católica, embora a Virgem Maria seja uma só.
Fonte: Comunicação – Associação Despertai para o Amor
No Dia do Doador de Sangue, Hemocentro do RS homenageia entidades parceiras
Centenária imagem de Santo Antônio retorna ao Santuário, em Bento Gonçalves, após mais de 100 dias de restauro
IV Encontro Restaurativo reforça os ideais da cultura de paz em Bento Gonçalves