As oportunidades de colaboração e investimentos em ações do Plano Rio Grande foram apresentadas em palestra do governador Eduardo Leite na J. Safra Brazil Conference 2024, nesta quarta-feira (24/9), em São Paulo. À plateia, com mais de mil lideranças empresárias e investidores de todo o país, o governador detalhou a estruturação do plano de reconstrução do Estado após as enchentes de maio, as ações já adotadas pelo governo, com aportes que já superam R$ 2 bilhões, e as formas como o setor privado pode atuar em parceria com o poder público para impulsionar projetos.
“Com absoluta certeza, o Rio Grande do Sul sairá mais forte da tragédia. Estamos muito determinados, com uma estratégia bem organizada para, justamente, fazermos um enfrentamento tanto da reconstrução quanto da adaptação e resiliência climática, para que qualquer outro evento que ocorra encontre um Estado preparado, adaptado e com condições de suportá-lo”, afirmou Leite.
Na palestra com o tema Reconstruindo o Estado do RS, o governador apresentou um panorama do impacto das enchentes e a estruturação do Plano Rio Grande para concentrar todas as ações de reconstrução em três eixos: Emergencial (ações de curto prazo), Reconstrução (ações de médio prazo) e Rio Grande do Sul do Futuro (ações de longo prazo). Leite explicou ainda que a parceria com a iniciativa privada nacional e internacional é uma das possíveis fontes de financiamento de ações, aliada a recursos do Tesouro do Estado, do governo federal e dos fundos criados para a reconstrução.
Entre as possibilidades de colaboração, o governador destacou o apoio de empresas e investidores para contratação de consultorias técnicas que auxiliem na aceleração e qualificação de projetos estruturantes da carteira do Plano Rio Grande, agilizando, por exemplo, a elaboração de termo de referência. Outra opção de auxílio da iniciativa privada nas ações de reconstrução é por meio de doação de recurso para o Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). Além de concentrar os valores que deixarão de ser pagos mês a mês ao longo de três anos pela suspensão da dívida com a União, a legislação do fundo também permite o recebimento de doações por pessoas físicas e jurídicas nacionais e estrangeiras.
“Aproveitando as articulações que fizemos para dar capacidade fiscal ao Estado, vamos focar os investimentos de forma a ativar setores econômicos relevantes e a nova economia para qual o Rio Grande do Sul se sente absolutamente vocacionado, aprimorando o ambiente de negócios. E o setor privado terá um papel importante ao investir em projetos nesta direção”, acrescentou o governador.
No espaço de perguntas e respostas do painel, mediado pelo presidente do Banco J. Safra, José Olympio Pereira, o governador também falou sobre os projetos para fortalecimento de sistemas de cheias. A conclusão de projetos já em andamento e as obras posteriores serão financiados a partir de fundo especifico com R$ 6,5 bilhões do governo federal, a ser gerido por um comitê de governança liderado pelo Estado.
Leite reforçou ainda a importância do apoio da sociedade civil, inclusive com a doação de valores para o Pix SOS Rio Grande do Sul, como canal seguro para financiar o amparo direto à famílias e empreendedores atingidos pelas enchentes. O governador ainda ressaltou as capacidades do Rio Grande do Sul para o desenvolvimento de negócios, a partir do restabelecimento da capacidade de investimento do Estado com as reformas estruturais promovidas no primeiro ciclo de governo.
Texto: Carlos Ismael Moreira/Secom
Edição: Rodrigo Toledo França/Secom
Foto: Maurício Tonetto/Secom
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