Guaporé foi o município melhor posicionado no Rio Grande do Sul no ranking de cidades do Brasil que fazem mais gastando menos

Um estudo inédito, desenvolvido pelo jornal Folha de São Paulo em conjunto com o Datafolha, revelou que apenas 163 dos 5.276 municípios avaliados no Brasil, ou seja, cerca de 3%, podem ser considerados verdadeiramente eficientes na entrega de serviços essenciais como saúde, educação e saneamento, utilizando menos recursos financeiros.

Com nota de 0,674, em uma escala de 0 a 1 (média nacional ficou em 0,525), o município de Guaporé, pertencente ao Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Serra Gaúcha (CISGA), foi um dos mais eficientes do Brasil ficando na 15ª posição entre as 5.276 cidades analisadas no Ranking de Eficiência dos Municípios (REM-F) 2024 sendo a melhor posicionada entre os municípios gaúchos.

A pesquisa leva em conta o atendimento dos Poderes Públicos (Prefeituras) nas áreas de saúde, educação e saneamento, tendo como determinante no cálculo de eficiência da gestão a receita per capita de cada cidade. O levantamento mostra as cidades que proporcionam mais serviços básicos à população com menos recursos financeiros.

No quesito saúde, Guaporé recebeu nota 0,582 – acima da média nacional (0,505) – e conta com uma taxa de 94% de domicílios cobertos por atenção básica. São 2,87 médicos por 1.000 habitantes. O Município, segundo os dados, investe cerca de 23% do orçamento anual para o cuidado da saúde da população.

Para a educação, foi considerado o percentual de crianças de quatro e cinco anos matriculados no Ensino Fundamental, além das de 0 a três anos que estão nas Escolas de Educação Infantil. Guaporé alcançou 0,890, enquanto a média nacional é de 0,668. A variável do Ensino Fundamental ficou em 100%, enquanto nas “creches” em 76,41%. A despesa da educação fica em 26% do orçamento.

Considerando o percentual de domicílios que são atendidos com serviços de água e esgoto, além de coleta de lixo, o ranking destacou Guaporé com nota de 0,868. As taxas foram de 96% para atendimento de água, 98% para a coleta de lixo e 66% para a cobertura de esgoto.

“Estou muito feliz. Começamos esse trabalho em 2017 e eu sabia que educação, saúde e saneamento básico eram áreas que precisaríamos trabalhar bastante. Quero agradecer a todos que estão envolvidos nessa conquista, secretarias e todos os seus profissionais”, disse o prefeito Valdir Carlos Fabris.

A metodologia do Ranking de Eficiência dos Municípios (REM-F), que conta com consultas a instituições renomadas como USP (Universidade de São Paulo), FGV (Fundação Getúlio Vargas) e Insper – instituição sem fins lucrativos e dedicada ao ensino e à pesquisa, revelou que apenas 163 municípios (3% do total) podem ser considerados “eficientes”. Outros 3.591 (68%) apresentam “alguma eficiência”, enquanto 1.450 (27,5%) têm “pouca eficiência”; e outros 72 (1,3%) são “ineficientes”.

Fonte: Cisga

Foto: Divulgação

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