Integrantes da missão do Sistema CNA/Senar visitaram, na quarta (29), propriedades rurais no Rio Grande do Sul afetadas pelas enchentes no Estado, ouviram as demandas dos produtores, avaliaram perdas e as dificuldades para voltar a produzir e comercializar alimentos.
A viagem faz parte do SuperAção Agro Rio Grande do Sul, programa do Sistema CNA/Senar para reconstruir e recuperar a atividade agropecuária gaúcha.
No segundo dia da missão, o grupo percorreu as regiões rurais de municípios como Rolante, Gramado, Santa Tereza e Bento Gonçalves. As equipes do Senar vão ajudar os produtores em todos os estágios das necessidades produtivas, que vão desde o inventário das perdas, manutenção de maquinários, Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), entre outras.
“O contato direto com os produtores é fundamental para definirmos de que forma podemos ajudar. Alguns precisam recuperar suas casas e terras, recuperar o solo, até que possam retomar suas atividades”, disse o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara.
Nas visitas, eles se encontraram com pequenos produtores que tiveram vários níveis de perdas. Alguns perderam maquinários, tiveram equipamentos danificados, outros estão sem os animais, insumos, sem as plantações. A partir desse diagnóstico, os técnicos do Senar vão atuar para a volta do processo produtivo.
O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, relatou que as perdas variam de acordo com a região. Segundo ele, há regiões em que se perdeu praticamente toda a lavoura de soja. Em outras partes do estado, atividades como suinocultura, avicultura e pecuária leiteira foram mais afetadas.
Ainda segundo ele, muitos produtores estavam em plena fase de colheita. Para o superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, é preciso entender a situação para saber o que os produtores precisam de mais urgente.
Outra preocupação é com o escoamento da produção. A cheia dos rios na região também provocou a queda de pontes, barreiras e danificou estradas vicinais e outras de ligação entre cidades.
O Senar vai disponibilizar R$ 100 milhões nas ações que incluem o envio de 300 profissionais, entre técnicos e instrutores de vários estados, para reforçar a equipe que já está no Rio Grande do Sul.
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