As ações de combate ao mosquito Aedes aegypti são diárias e têm sido feitas de forma intensa pela Secretaria da Saúde (SMS) de Bento Gonçalves através do trabalho dos agentes de endemias do município. Os profissionais realizam visitas em espaços públicos, residências, empresas, dentre outros locais com possíveis criadouros. Neste ano, até o momento, o município contabiliza 238 casos, sendo 202 autóctones e 36 importados (em que o cidadão se infecta numa outra cidade). Pelo menos 126 armadilhas são monitoradas mensalmente pelos agentes de endemias.
Os principais bairros onde foram encontrados larvas do mosquito são: Caminhos da Eulália, Centro, Imigrante, Santa Helena, Glória, Municipal, Juventude, Vinhedos, São Valentim, Conceição, Fátima, São Roque, Ouro Verde, Universitário, Progresso, Borgo, COHAB, Vila Nova II, Barracão, Cruzeiro, Eucaliptos, São Francisco e Vinhedos.
Para combater a proliferação do mosquito ao longo desta semana as equipes continuam com a pesquisa de vetor em locais onde há casos confirmados de doentes e também desinsetização. Os agentes estão realizando o levantamento de índice rápido para constatação dos locais mais infestados e assim direcionar melhor as ações de controle. Ao longo desta segunda e terça-feira (20 e 21), estão percorrendo os bairros São Roque, Aparecida, Caminhos da Eulália e Ouro Verde, onde existe um número de imóveis que compõe a amostra apontada por programa do ministério da saúde.
Durante toda a semana serão realizadas vistorias nos imóveis selecionados em todo o município. Ao longo das visitas, que engloba o município em sua totalidade é possível fazer uma verificação mais abrangente dos locais mais propensos a proliferação de Aedes.
A médica veterinária da Vigilância Ambiental, Analiz Zattera, explica sobre a importância da prevenção para evitar a proliferação do inseto. “É importante lembrar que o mosquito Aedes se prolifera em 80% dos casos dentro dos imóveis e nos seus quintais porque esse inseto precisa dos depósitos existentes ali para postura de ovos como caixas de água, pneus, latas, baldes, garrafas, plásticos, entre outros. Ao ficarem por mais de uma semana com água parada se tornam criadouros de mosquitos. É dentro de imóveis e nos seus arredores também que o inseto encontra sua alimentação que é o sangue humano”.
Analiz salienta ainda que “o tempo de 15 minutos por semana para vistoriar dentro de casa e arredores é suficiente para eliminação ou proteção de depósitos de água. Os ralos dentro e fora de casa devem ser tapados pois se mostraram grandes criadouros de mosquitos na cidade, assim como os depósitos de água da chuva. Com as constantes chuvas que têm ocorrido o alerta é maior, pois os criadouros permanecem viáveis por mais tempo”.
Locais como terrenos baldios sujos ou depósitos de lixo em vias públicas devem ser denunciados pelo 3055-7142.
Todos os trabalhos são registrados e seguem o plano nacional de combate a dengue.
Sobre o mosquito
O Aedes aegypti tem, em média, menos de 1 centímetro de tamanho, é escuro e com riscos brancos nas patas, cabeça e corpo. Com hábitos diurnos, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer, o inseto (apenas a fêmea) se alimenta basicamente de sangue humano.
A reprodução acontece em água parada (limpa ou suja), onde os ovos são depositados.
Os principais sintomas da dengue são:
Febre alta (maior que 38.5°C) de início abrupto e que dura entre 2 e 7 dias
Dores musculares intensas
Dor ao movimentar os olhos
Mal-estar
Falta de apetite
Dor de cabeça
Manchas vermelhas no corpo
Ao apresentar os sintomas, é muito importante procurar a Unidade de saúde mais próxima, para diagnóstico e tratamento adequados
Assessoria de Comunicação Social Prefeitura
Foto: Rodrigo De Marco
PG
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