Bento Gonçalves é o município gaúcho com a menor população vulnerável, aponta ranking do CLP

O ranking leva em consideração a razão entre a quantidade de pessoas inscritas no Cadastro Único e a população do município

Bento Gonçalves é o município gaúcho com a menor população vulnerável inscrita no cadastro único entre todos os que possuem mais de 80 mil habitantes. Foi o que apontou o Ranking de Competitividade do Centro de Liderança Pública (CLP), com base em dados do Ministério da Cidadania.

O ranking leva em consideração a razão entre a quantidade de pessoas inscritas no Cadastro Único e a população do município. Entre todas as 410 cidades brasileiras avaliadas, Bento Gonçalves é a 18ª com a menor população vulnerável no país.

“Além do crescimento econômico a partir de políticas de estímulo ao empreendedorismo, isso também é resultado de um trabalho sério e intenso que temos feito em nosso município para oferecer mais oportunidades e melhores condições para as famílias de baixa renda, ofertando emprego, educação, qualificação profissional e acessando diretamente essas pessoas para garantir mais dignidade e qualidade de vida”, destaca o prefeito, Diogo Siqueira.

O número de pessoas em situação de extrema pobreza em Bento Gonçalves caiu de 5.245 em 2022 para 4.422 em 2023, uma redução de 16% em apenas um ano. O número de atendimentos no Cadastro Único no ano passado foi de 15.790.

Entre as ações realizadas pela Prefeitura de Bento Gonçalves para contemplar especialmente a população de menor renda estão os mutirões do trabalho, onde os candidatos conversam diretamente com as empresas que estão ofertando vagas, o Balcão de Oportunidades e o Balcão do Primeiro Emprego. Além disso, são oferecidos cursos profissionalizantes gratuitos, focados nas principais necessidades verificadas no município. O preenchimento das vagas disponibilizadas pelas empresas, especialmente nos mutirões, aumentam a renda das famílias e reduzem a dependência de programas assistenciais.

Abordagem social

Desde o começo deste ano, a Prefeitura também tem intensificado o trabalho envolvendo os moradores de rua, com o objetivo de garantir acolhimento, atendimento de saúde, cursos de qualificação e emprego.

Todos os moradores são convidados a fazer uso de um espaço para dormir, alimentar-se e tomar banho, na Casa de Passagem. Para aqueles que enfrentam problemas de dependência química ou de álcool, estão sendo oferecidos tratamentos no Centro de Assistência Psicossocial e na comunidade terapêutica.

Ao mesmo tempo em que as diversas secretarias realizam esse trabalho, a Guarda Municipal tem realizado operações de combate ao tráfico de drogas e à drogadição em locais públicos por moradores de rua para que seja oferecido tratamento para recuperação e oportunidades para que deixem a criminalidade.

Conforme o Secretário de Esportes e Desenvolvimento Social Eduardo Virissimo “é um trabalho de muitas mãos, de estar perto dessas pessoas que mais precisam. Uma rede de serviços desde o atendimento inicial feito no CRAS, o suporte dado a essas famílias, o encaminhamento ao trabalho, o contraturno escolar nos serviços de fortalecimento de vínculos e todos os outros serviços. Isso faz com que nossa cidade consiga diminuir os dados da vulnerabilidade. Um trabalho continuo”.

“É uma mobilização de toda a sociedade para resolver essa situação que ocorre em praticamente todas as médias e grandes cidades do país. Buscamos garantir mais dignidade a essas pessoas, além de propiciar a oportunidade de terem uma renda para saírem das ruas e, também, ampliar a segurança para a população coibindo alguns crimes que vinham sendo registrados”, acrescenta o prefeito.

Cadastro Único

O Cadastro Único é um grande mapa das famílias de baixa renda no Brasil. Ele mostra ao governo quem essas famílias são, como elas vivem e do que elas precisam para melhorar suas vidas. Programas sociais como Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Tarifa Social de Energia Elétrica, Carteira da Pessoa Idosa, entre outros, levam em conta dados do CadÚnico.

Podem se cadastrar famílias que vivem com renda mensal de até meio salário-mínimo por pessoa podem e devem ser registradas no Cadastro Único. Já famílias com renda acima desse valor podem ser cadastradas para participar de programas ou serviços específicos.