Encontros tiveram como público-alvo profissionais de apoio/monitores, orientadores e supervisores
O tema da inclusão está cada vez mais presente nos debates contemporâneos. Reconhecer o outro como parte integrante de uma sociedade implica um exercício da alteridade, um olhar essencial para a empatia e a diversidade. E esse processo também está sendo construído nas escolas, buscando uma realidade mais igualitária, respeitando as diferenças e suas particularidades. Atenta a esse processo, a Secretaria de Educação (SMED), de forma continuada, promove formações para atender, acolher e capacitar os profissionais da área.
Iniciando as atividades do ano letivo, a SMED, por meio do Núcleo de Inclusão e Diversidade (NID), realizou a formação “O Papel do Profissional de Apoio/Monitor no processo de inclusão escolar”, nos dias 08 e 09, no Centro Municipal de Aperfeiçoamento Pedagógico e Avaliação. Participaram da formação dois grupos por dia, totalizando 8h de carga horária, tendo como público-alvo profissionais de apoio/monitores, orientadores e supervisores.
Conforme a psicóloga Nádia De Césaro, a formação “tem por objetivo qualificar a prática pedagógica para que a escola seja um ambiente inclusivo e enriquecedor para os alunos público-alvo da Educação Especial. Temos um caminho de reflexões acerca do processo histórico e legal da inclusão, bem como de aspectos sobre a função do profissional de apoio/monitor”.
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (13.146/2015), destaca que o profissional de apoio escolar é a “pessoa que exerce atividades de alimentação, higiene e locomoção do estudante com deficiência e atua em todas as atividades escolares nas quais se fizer necessária, em todos os níveis e modalidades de ensino, em instituições públicas e privadas, excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas”.
A formação contou com a participação de serviços que compõem a rede de apoio do município. A Associação de Deficientes Físicos de Bento Gonçalves (ADEF) abordou questões relativas ao cuidado aos estudantes com deficiências físicas. As profissionais do TEAcolhe explanaram especificidades do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e estratégias de manejo no ambiente escolar, enquanto profissionais da AIDD, enfocaram aspectos da deficiência intelectual e Síndrome de Down.
Profissionais do TEAcolhe, a terapeuta ocupacional Juliana Neves Martins Calabria e a psicóloga Janice Berro Mezacasa Cavalini ministraram o eixo “Estudantes com TEA e suas especificidades: como o profissional de apoio pode auxiliar”.
Juliana destaca a essencialidade do profissional de apoio no processo.“O profissional de apoio/ monitor é fundamental no processo de inclusão das crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista). Por exemplo, ele é a ponte entre o aluno e o professor, mediando o processo de aprendizagem e servindo como facilitador das habilidades e potencialidades dessa criança. Ele está próximo dessa criança e conhece suas particularidades e suas dificuldades e ajudará os dois polos, vamos dizer assim, da construção da aprendizagem – auxiliará o professor na escolha correta das atividades e nas adaptações que poderão se fazer necessárias e para o aluno será o apoio para que a aprendizagem aconteça de uma forma afetiva, respeitosa e que faça sentido para ele”.
A capacitação Manejo do Profissional de Apoio Escolar com relação às Deficiências Físicas dos Estudantes contou com a participação de Andressa Ben, coordenadora da ADEF, Claudine Mainardi, psicóloga, e Allam Becker, fisioterapeuta.
De acordo com Andressa, a participação da Associação na capacitação “contemplou uma breve explanação acerca dos trabalhos desenvolvidos pela entidade, pela equipe técnico operativa, bem como orientação prática do manejo correto da transposição de crianças e adolescentes com mobilidade reduzida no ambiente escolar. E por fim, foi proposta uma reflexão sobre o impacto da deficiência na saúde mental dos pacientes, e de que forma é possível minimizar seus efeitos”.
A psicopedagoga da AIDD, Lucimara da Silva dos Santos, e a assistente social, Vanusa Rodrigues Posso, ministraram o eixo Características comuns dos estudantes com Deficiência Intelectual e Síndrome de Down. Lucimara ressaltou a importância de proporcionar momentos formativos e dar continuidade a eles. “A formação fornece um momento de troca de experiências, de conhecimento, de estudo, assim proporcionando um momento de aprendizagem para oferecer uma educação de qualidade. A educação é uma constante formação, e vivenciar esta experiência com toda a certeza só trará benefícios aos nossos educandos”.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social Prefeitura
Fotos: Divulgação/SMED
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