Boletim do OECON mostra que foram criadas 473 vagas em 2023. Apesar de positivo, número é, 54% menor do que em 2022
Mesmo com forte queda na geração de empregos registrada em dezembro do ano passado (-738), Bento Gonçalves conseguiu fechar o ano com a criação de 473 postos de trabalho em 2023. O número, no entanto, é 54,1% inferior ao registrado no encerramento de 2022, acompanhando a retração verificada no Rio Grande do Sul, que ficou em 52,5% – no Brasil, a queda foi de 26,3%.
Todos os setores contribuíram para o desempenho negativo em dezembro. Indústria teve o maior tombo, com o fechamento de 352 vagas, seguida pelos serviços, com -239. O comércio encerrou 99 postos de trabalho e a construção civil outros 45. O desempenho negativo no mês de dezembro (-738) segue um comportamento que se repete desde 2020 (-224). Sucessivamente, as marcas nesse mesmo mês registraram retração também em 2021 (-699) e em 2022 (-575).
Conforme o boletim do Observatório da Economia (OECON) do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), as atividades dentro dos setores com os maiores saldos negativos em dezembro foram indústria de móveis (-130), educação (-85), indústria de borracha e plástico (-58), transporte terrestre (-47) e indústria de máquinas e equipamentos (-46). “O somatório dos saldos dessas cinco atividades (-366) representa 50% do saldo negativo total de Bento Gonçalves”, observa o autor do boletim, Fabiano Larentis.
Ao olhar o ano em retrospectiva, transporte terrestre (+195), alojamento (+114), comércio de hortifrutigranjeiros (+87), atenção à saúde humana (+59) e fabricação de produtos alimentícios (+38) foram as cinco atividades com maior destaque positivo de 2023. “Somando essas cinco atividades (+493), se ultrapassa o saldo positivo total de Bento Gonçalves do ano”, diz Larentis.
Embora o município tenha ficado apenas com o 24º melhor desempenho dentre os municípios gaúchos na geração de empregos em 2023 (+473), a cidade superou o contingente de empregos formas de 2022. O total ficou em 48.606, 1% a mais do que em 2022 (48.133). Se o número for acrescido dos MEIs, o resultado chega a 61.138 registros. Dessa forma, eles representariam 20,5%. “Ou seja, permanece a relação de que a cada 4 empregos formais no município temos 1 MEI”, constata Larentis.
O volume acumulado de MEIs fechou em 12.532 em dezembro, representando um crescimento de 8% em relação a 2022. Na composição dos MEIs, as atividades ligadas a serviços continuam em 2023 com mais de 50% do contingente na comparação com 2022, com destaque às participações de comércio varejista, serviços especializados para construção, outras atividades de serviços pessoais, serviços de escritório e publicidade.
Fonte: Exata Comunicação
Crédito: Ascom
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