Iniciativa testa cultivo de mais de 60 variedades de origem europeia para identificar as mais resistentes às constantes mudanças climáticas na região
A tradição de mais de nove décadas de história caminha lado a lado com a constante inovação aplicada aos processos de cultivo das uvas utilizadas pela Cooperativa Vinícola Garibaldi para a elaboração de seus espumantes, vinhos e sucos. Exemplo desse compromisso com a qualidade desde a ponta da cadeia vitivinícola está evidenciado em um projeto inovador: o vinhedo experimental. Em parceria com uma família de associados, mais de 60 variedades estão sendo cultivadas a partir de testes de resistência. A ideia é identificar quais as mais adaptáveis ao clima da Serra Gaúcha para, assim, buscar alternativas às constantes mudanças das condições naturais.
Os primeiros testes foram apresentados para cerca de 20 cooperados no dia 20 de dezembro. O grupo se deslocou até a propriedade da família Berra, no interior do município de Santa Tereza, onde o vinhedo experimental está sendo cultivado, para conhecer os processos de validação de variedades que está sendo desenvolvido. “Por serem testes com variedades novas na região, muitas delas inclusive com royalties por parte de quem nos as cede, optamos pelo cultivo em uma área mais afastada para resguardar o sigilo e garantir a integridade do processo. É muito importante termos esse vinhedo experimental para podermos validar as variedades e identificar quais são as mais resistentes ao nosso clima”, explica o gerente da Assistência Técnica da Cooperativa, Evandro Bosa.
Todas as variedades são oriundas da Europa, de oito países diferentes – República Tcheca, Geórgia, Itália, Alemanha, Ucrânia, França, Portugal e Espanha. Cada fileira do parreiral contém uma variedade distinta, o que impõe um desafio extra no cultivo, já que o tratamento e o período de cada processo variam conforme a época do ano. Uma das características, inclusive, é o plantio de algumas variedades em dois formatos diferentes, espaldeira e latada, a fim de entender a adaptabilidade e as diferenças em termos de produtividade em cada um deles.
Para que a ideia desse certo, a parceria e o conhecimento compartilhado com a família de cooperados foram fundamentais para colocar em prática o projeto. “Agradecemos o aceite da família Berra por ceder esse espaço e ajudar nos cuidados desse vinhedo. É um projeto da Cooperativa, que é conduzido e orientado por nós, mas que sem o apoio do cooperado não seria passível de execução. Em breve teremos resultados mais concretos e certamente compartilharemos com todos os nossos associados a fim de propor melhores alternativas para a produção em nossa região”, complementa o gerente.
Fonte: Exata Comunicação
Fotos: Alessandro Manzoni | Exata Comunicação
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