Médico de Bento que havia sido preso na Operação Doppler é solto pela justiça

Foi solto pela justiça após pedido de custódia o médico ginecologista que havia sido preso durante a Operação Doppler, realizada pela Polícia Civil nesta terça-feira, 12, que teve como objetivo apurar fraudes no Ipê Saúde em Bento Gonçalves.

A Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção (1ª DECOR), da Divisão Estadual de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DCCOR) do Deic, deflagrou, nesta terça-feira (12/9), a Operação Doppler em Bento Gonçalves e em Garibaldi. Foram cumpridas seis ordens judiciais de busca e apreensão e uma de prisão preventiva com o objetivo de coibir a prática dos crimes de peculato e falsidade ideológica perpetrados por médicos credenciados ao IPE Saúde, prisão da qual o profissional já foi liberado.

Segundo o delegado Max Otto Ritter, responsável pela investigação, médicos vinculados ao Ipê Saúde, atuantes em Bento Gonçalves, estariam realizando cobranças indevidas sobre exames de imagens ginecológicas supostamente realizados em integração de procedimentos com consultas na área da ginecologia. A situação chegou ao conhecimento da delegacia por meio de notícia-crime encaminhada pelo próprio IPE, dando conta de possível fraude envolvendo médicos credenciados à autarquia que atuam em Bento Gonçalves.

No curso das investigações, foi possível identificar a atuação dos investigados, bem como da secretária dos profissionais, no sentido de imputar às pacientes de consultas ginecológicas diversos tipos de exames de imagens que, na prática, não eram realizados, mas que, contudo, eram cobrados do IPE Saúde.

A prática não foi verificada apenas nas situações inicialmente relatadas na notícia-crime, mas em inúmeros outros casos análogos. As apurações indicaram pelo menos outros 22 outros casos, conforme depoimentos coletados na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Bento Gonçalves.

O médico preso foi encaminhado ao sistema prisional após os cumprimentos das formalidades legais na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Bento Gonçalves, mas foi solto pela justiça após pedido de custódia. Mesmo com a revogação da prisão preventiva por parte da justiça, o médico terá que cumprir medidas cautelares já impostas anteriormente, como não se ausentar da cidade sem autorização judicial e não atender pacientes do IPÊ Saúde, além de comparecimento mensal ao Poder Judiciário.

Fonte e foto: Polícia Civil

PG

 

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