Projeto Comprador abre possibilidade de venda de vinhos para Rússia e Oriente Médio

Sete profissionais que representam empresas na Rússia e no Oriente Médio estão desde segunda-feira (5) na Serra Gaúcha participando do Projeto Comprador, realizado pelo Wines of Brasil, em parceria com os escritórios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) em Moscou, na Rússia, e em Miami, nos Estados Unidos. O grupo, que permanece na região até esta sexta-feira (9), veio para conhecer o mercado nacional de vinhos, espumantes e sucos de uva e prospectar novos negócios. O Wines of Brasil é um projeto setorial de divulgação dos vinhos brasileiros no Exterior, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) em conjunto com a Apex-Brasil.

“Os vinhos e espumantes brasileiros têm diferencial. São elegantes, gastronômicos, leves, frescos e frutados. E é este estilo que vai fazer os produtos se destacarem no mercado mundial”. A declaração do gerente de Importação russo Vasily Izraliantc revela a surpresa identificada pelos participantes. A comitiva inclui ainda integrantes do escritório da Apex-Brasil na Rússia, o brasileiro Almir Ribeiro Americo e a russa Milena Babayan, representantes de importadoras russas, Svetlana Selivanova e Mikhail Bodukhin, a jornalista russa especializada em vinhos Tatiana Zlodorena e o gerente de Alimentos e Bebidas, o brasileiro Daniel Miranda.

Durante cinco dias, o grupo visitou nove vinícolas da Serra Gaúcha (Aurora, Casa Perini, Casa Valduga, Don Guerino, Lidio Carraro, Miolo, Mioranza, Pizzato e Salton), degustou seus rótulos e conheceu os métodos de elaboração dos produtos.

Para o gerente de Alimentos e Bebidas da Fogo de Chão no Oriente Médio, o brasileiro Daniel Miranda, a vinda à região evidenciou o potencial da vitivinicultura nacional e possibilitará a inserção dos rótulos verde-amarelos nas cartas de vinhos das 13 novas unidades da rede de restaurante americana que serão abertas nos próximos quatro anos no Oriente Médio, no norte da África e na Oceania. “Sou consumidor dos vinhos do nosso país e vejo como a qualidade deles cresceu ao longo desses anos. Há mais investimentos, os produtores estão viajando e conhecendo mais e, assim, evoluindo”, avalia Miranda.

As duas primeiras filiais dessa prospecção da Fogo de Chão já abrem no próximo ano: em janeiro, na Arábia Saudita, e em março, em Dubai. “É uma grande oportunidade para apresentarmos os vinhos brasileiros para o mundo inteiro. Em Dubai há mais de 200 nacionalidades circulando. Para começar, quero colocar, pelo menos, 20 rótulos brasileiros em nossa carta. Acho que devido ao calor, vamos conseguir explorar mais os espumantes e os vinhos brancos e rosés. O suco de uva também vai conquistar”, acredita o gerente de Alimentos e Bebidas. Em Dubai, a Fogo de Chão abrirá filial em um local que há permissão para a venda de bebidas alcoólicas.

O gerente de Importação da Marine Express, Vasily Izraliantc, conta que a viagem está sendo encantadora. “Quando pensava no país, vinha na mente café, tabaco, Carnaval e futebol. Foi surpreendente. A produção é diversificada, com tecnologia avançada. Já visitei muitas vinícolas, mas aqui encontrei tecnologias que não vi em outros lugares”, conta.

De acordo com Izraliantc, na Rússia o consumo é praticamente igual entre vinhos tranquilos e espumantes, mas vem se observando um crescimento no mercado das borbulhas. O país é responsável por 85% da comercialização nacional. Apenas 15% dos rótulos são importados.

Para o presidente do Ibravin, Dirceu Scottá, a Rússia e o Oriente Médio são mercados muito promissores. “Com a vinda destes profissionais, temos a expectativa de aumentar a comercialização para os países e, através destes contatos, termos auxilio na promoção dos produtos na Rússia e no Oriente Médio”, pontua o dirigente.

Sobre o Wines of Brasil
Atualmente, 30 vinícolas participam do projeto, cujo objetivo é promover a imagem dos vinhos do Brasil no mercado externo. Nos últimos anos, cerca de 95% das empresas que aderiram ao Wines of Brasil conseguiram dar continuidade em suas exportações, devido a todo o suporte e programas de capacitação oferecidos pelo projeto, entre outras ações.

Fonte: Ibravin

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