MPF quer trabalhar com Bolívia e Colômbia para acelerar investigação de acidente da Chapecoense

O Ministério Público Federal (MPF) informou que sugeriu durante reunião nesta quarta-feira que Brasil, Bolívia e Colômbia trabalhem juntos para trocar informações e acelerar a investigação do acidente aéreo que matou quase todo o time da Chapecoense na semana passada.

Os três países se reuniram em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, para tratar do acidente que deixou 71 mortos. As causas da tragédia ainda estão sendo investigadas, mas a principal hipótese é de que o avião ficou sem combustível durante o voo a caminho de Medellín, onde a Chapecoense enfrentaria o Atlético Nacional na final da Copa Sul-Americana.

“O Ministério Público Federal deseja colaborar com os MPs da Bolívia e da Colômbia e colher informações que possam proteger os direitos das vítimas e de suas famílias”, disse o procurador regional da República Wellington Saraiva, em comunicado, segundo o qual a ideia de interação será avaliada pelos demais MPs.

De acordo com a nota do MPF, os integrantes do MP da Bolívia informaram que foi instaurada investigação formal por homicídio culposo. “Houve apreensão de grande quantidade de documentos na sede da empresa LaMia e a prisão temporária de três pessoas ligadas à empresa”, informou.

A LaMia, companhia aérea encarregada do voo, está sendo investigada por voar no limite da autonomia da aeronave para economizar custos, segundo o MPF.

Os órgãos responsáveis pela aviação na Bolívia também estão sob investigação por suspeita de corrupção em autorizações de voo da LaMia.

Seis pessoas sobreviveram ao acidente, entre elas três jogadores da Chapecoense, que foi declarada campeã da Copa Sul-Americana depois que o próprio time colombiano sugeriu à Conmebol entregar o título ao clube catarinense.

Fonte: Reuters

error: Conteúdo Protegido