Os juízes Ana Julia Fazenda Nunes e Rafael da Silva Marques, da Justiça do Trabalho de Caxias do Sul, conduzem mediação entre o Sindicato dos Metalúrgicos e o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico da cidade e região.
A primeira audiência foi realizada nessa quarta-feira (5), no Foro Trabalhista do município. A mediação ocorre por delegação do vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), desembargador Ricardo Martins Costa.
Os itens principais da negociação tratam de reposição salarial, auxílio-transporte e auxílio-creche, além de cláusulas sociais do acordo coletivo. Os trabalhadores reivindicam 10% de reajuste no salário, a redução do auxílio-transporte de 3,5% para 1% e que o auxílio-creche seja pago por criança, e não por mãe. Também sustentam que seja estabelecido um piso salarial de R$ 2,3 mil mensais. A oferta inicial das empresas, por sua vez, contemplou reposição salarial de 4,24%.
Na audiência, os juízes Ana Julia e Rafael fizeram uma proposta intermediária, de 8,5% de aumento salarial, redução do auxílio-transporte para 2% e pagamento de auxílio-creche por criança. Os termos foram respaldados pelo procurador regional do Trabalho Victor Hugo Laitano, representante do Ministério Público do Trabalho (MPT). O Sindicato dos Metalúrgicos levará a proposta à apreciação da assembleia da categoria, marcada para esta sexta-feira (7).
O sindicato patronal afirmou não ser viável a proposta do juízo. As empresas aumentaram em meio ponto percentual a oferta de reajuste do salário, para 4,74%. Também propuseram a manutenção das cláusulas sociais do dissídio, que serão negociadas no próximo ano. A entidade, no entanto, se comprometeu a tentar discutir com as indústrias uma nova proposta, a ser comunicada para o juízo e o Sindicato dos Metalúrgicos.
Uma nova audiência para tentativa de conciliação entre as partes foi pré-agendada para 10 de julho, às 9h30.
Titular da 4ª Vara do Trabalho de Caxias do Sul, o juiz Rafael da Silva Marques considerou ótima a experiência de buscar a aproximação entre os sindicatos. “Embora as propostas continuem um pouco distantes, evoluímos todos, com o esforço das partes, do juízo e do MPT. Acho que a gente pode efetivamente fechar o acordo na próxima segunda-feira”, contou.
Para a juíza Ana Julia Nunes, os termos da negociação demonstram a força de Caxias do Sul como segundo maior polo metal-mecânico do país. No entendimento da magistrada, os metalúrgicos estão buscando uma valorização, após terem cláusulas econômicas e sociais do dissídio relativizadas durante a pandemia, para a manutenção dos postos de trabalho. “A valorização ajuda a fixar o trabalhador nessa carreira, e isso reflete positivamente na economia de toda a região”, salienta a juíza titular da 3ª Vara do Trabalho da cidade.
Fonte: Gabriel Borges Fortes (Secom/TRT4). Fotos: Denise Bampi
Jornalismo Difusora / PG
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